Manaus (AM) – O final de ano não está sendo nada bom para o deputado federal, empresário e pastor da igreja Assembleia de Deus, que precisará recorrer mais ao lado espiritual para superar o que está por vir. Silas vive um ‘inferno astral’ no âmbito familiar, na Justiça Eleitoral e na chamada “bancada da Bíblia”.
Durante evento religioso no interior do Estado, o deputado compartilhou uma foto com a legenda dizendo ser “carregado” por Deus em momentos difíceis.
“Confiar em Deus o todo tempo, e o tempo todo pelo o que Ele é, e Ele tem me carregado até aqui nos seus braços, me dando a certeza que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Juntos em oração e fé, tenho certeza que o melhor de Deus está por vir”, diz a legenda.
Na pendenga familiar, a esposa do deputado — a também deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos-AC), estaria mantendo as netas em cárcere privado. O atrito em família foi confirmado pela própria filha dos deputados Silas e Lúcia, Gabriela Câmara.
“Estou impossibilitada de ver minhas filhas desde o início do corrente ano, decorrente do ciúme possessivo de minha mãe, que atualmente as mantêm em cárcere privado”, afirmou Gabriela.
Saia justa
Silas, presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), também precisa resolver uma pendenga com a bancada da Bíblia, que tem se dividido entre o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual presidente Lula (PT). É que Silas e outros parlamentares da FPE, entre eles, têm votado a favor de pautas sugeridas pelo governo petista, causando divisão do grupo.
O aliado de Bolsonaro não tem sido mais considerado bolsonarista raiz e já entrou para a lista dos infiéis ao votar diferente das orientações da bancada de oposição ao governo Lula no Congresso Nacional.
Cassação do mandato
Na última terça-feira (12), o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) formou maioria para cassar o diploma do parlamentar. A ação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), em dezembro do ano passado, acusa Silas da prática de captação de dinheiro ou gastos ilícitos de recursos durante a sua campanha nas eleições de 2022.
As irregularidades teriam ocorrido com despesas que totalizaram R$ 396 mil com fretamento de aeronaves, oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Reeleito para sexto mandato, Silas teve as contas eleitorais da última eleição aprovadas com ressalvas no dia 24 de novembro, com a obrigação de devolver R$ 88,4 mil aos cofres públicos. A campanha de que reelegeu Silca custou R$ 3,1 milhões.
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