Manaus, 13 de maio de 2024
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Cenário

Alckmin diz que governo ouvirá a população sobre pavimentação da BR-319

Alckmin está em Manaus, acompanhado da comitiva de ministros, para avaliar a situação de estiagem e anunciar medidas para amenizar os problemas causados pela seca.

Alckmin diz que governo ouvirá a população sobre pavimentação da BR-319

(Foto: Facebook/Geraldo Alckmin)

Manaus (AM) – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira (4) que o governo já criou um grupo de trabalho para analisar a pavimentação da BR-319. Alckmin está na capital do Amazonas, acompanhado da comitiva de ministros que vai avaliar a situação de estiagem, que atinge 58 municípios do estado.

“A BR-319 está incluída no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], falei ontem, antes de vir para cá, com o ministro dos Transportes, Renan Filho. Ele criou um grupo de trabalho para que possa analisar, fazer a pavimentação e, assim, as obras necessárias do conceito da rodovia-parque com todos os cuidados ambientais. Então, já está criado o grupo de trabalho e vai fazer audiência para ouvir a população para poder avançar na questão do licenciamento”, disse o vice-presidente.

BR empacada

O empacamento do licenciamento da BR é a principal crítica de parlamentares do Amazonas, inclusive, de aliados do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que criticam a ministra Marina Silva (Rede), acusada de impedir a inclusão da rodovia, que liga Manaus a Porto Velho, nas obras do novo PAC.

Marina, que também veio a Manaus, afirmou que o processo de licenciamento precisa responder questões de viabilidade econômica, social e ambiental. “Esta estrada, de fato, já tem um trecho aberto — uma parte tem trafegabilidade e a outra não tem, sobretudo, na área que é florestal. No final do governo anterior, foi dada a licença prévia. O presidente Lula encaminhou do PAC para o estudo, que o vice-presidente já disse que tem um grupo para fazer estes estudos. Isso nem facilita, nem dificulta, ele responde a aspectos técnicos”, disse.

Marina disse entender o contexto; é solidária, porém, ela avalia que estão acontecendo duas situações que resultaram na crise ambiental, e que uma das questões está relacionada ao desmatamento. “Nós estamos vivendo dois fenômenos: o cruzamento do El Ninho, que é um fenômeno natural com a mudança do clima, de forma descontrolada, com o aquecimento do Atlântico Norte. O cruzamento desses dois fenômenos faz com que começássemos o ano com enchentes aqui no Amazonas e no Acre, secas terríveis no Rio Grande do Sul, nós estamos terminando o ano com seca terrível, no Amazonas, no Acre e em Rondônia, e enchentes no Rio Grande do Sul”, disse.

Segundo a ministra, esse fenômeno vem sendo antecipando desde a década de 80, quando o relatório do nosso futuro comum disse que isso iria acontecer, “[..] por isso que temos trabalhado incansavelmente para reduzir as causas da mudança do clima, que é a emissão de CO2, do combustível fóssil, como o desmatamento”, disse.

De acordo com informações da vice-presidência, participam da comitiva os ministros: Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática); Sônia Guajajara (Povos Indígenas); Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional); Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos); Alexandre Silveira (Minas e Energia); José Mucio Monteiro (Defesa) e a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli; além de representantes dos ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social, Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

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