(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
BRASÍLIA, DF – O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não entregou o celular à Polícia Federal (PF). Salles é investigado por participação em um suposto esquema montado para facilitar a exportação de madeira ilegal.
A PF apreendeu diversos documentos na deflagração da Operação Akuanduba, onde Salles foi um dos alvos. No entanto, até o momento, o ministro não entregou o seu aparelho celular para perícia. O aparelho é considerado peça importante para apurar a responsabilidade e a participação de Salles no esquema.
Durante a operação, que aconteceu na semana passada, Ricardo Salles disse aos policiais federais que estava sem aparelho. No mesmo dia, quando foi à Superintendência da PF, ele não apresentou o celular e não quis dar depoimento, contrariando uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Informações do jornal O Globo dizem que Salles desligou o celular e trocou de número e aparelho. Procurados, assessores do ministro disseram que não sabiam informar se o fato era verdade ou não.
O ministro do Meio Ambiente é o primeiro nome de uma lista de pessoas que Moraes determinou busca e apreensão. Entre os itens alvo da busca, estão bens, documentos, mídias, dados e objetos que tenham envolvimento direto com as infrações apuradas.
Situação complicada
O fato de Ricardo Salles não ter entregue o celular à Polícia Federal pode complicar ainda mais sua situação na Justiça. O ministro pode ser acusado de ocultação de provas, e sua atitude tem sido considerada suspeita pela Polícia.
À TV Globo, a defesa do ministro disse que, durante a operação, não houve pedido para que ele entregasse o celular. De acordo com a defesa, ao tomar conhecimento da operação, Salles foi à PF para ter acesso aos autos da investigação e prestar esclarecimentos. Ainda segundo a defesa, assim que tiver acesso ao processo, os advogados demonstrarão a inexistência dos fatos que constam no pedido de busca.
(*) Com informações da TV Globo.
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