Manaus (AM) – A situação crítica dos incêndios e queimadas no Amazonas ganha destaque, totalizando alarmantes 18.090 focos de calor no período de janeiro a 24 de outubro, conforme dados divulgados pela Defesa Civil nessa quarta-feira (25).
A chegada do verão amazônico, caracterizado por temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar, desde julho, exerce significativa influência no expressivo aumento de focos de calor na região.
Desse total, 2.500 focos foram identificados na Região Metropolitana de Manaus, enquanto 2.818 se espalham pela área estadual (15,78%). As áreas federais contabilizam assustadores 10.852 focos (60%), e no sul do estado, 9.970 focos (55,11%).
Vídeo: Del Lima
O impacto da problemática reflete-se em Manaus, onde densas nuvens de fumaça encobriram a cidade, advindas principalmente da região metropolitana ao longo da última semana. Essa condição transformou a qualidade do ar na capital amazonense em uma das piores do mundo para a respiração. O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), que mede a qualidade do ar, inclusive, identificou que em algumas zonas da cidade o ar ficou classificado como “moderado”.
E, na manhã desta quinta-feira (26), a cidade novamente despertou sob nuvem de fumaça, visível em bairros próximos ao Centro Histórico.
Combate
O Corpo de Bombeiros do Amazonas enfrentou 2.466 focos no período de 12 de julho a 24 de outubro, distribuídos entre 707 na capital e 1.759 no interior.
Agravando a situação, a seca dos rios do Amazonas, considerada a mais severa em 121 anos, já impacta 152 mil famílias e 608 mil pessoas, deixando 60 municípios, de um total de 62, em estado de emergência.
LEIA MAIS:
- 60 municípios estão em situação de emergência no AM
- Seca e estiagem podem afetar o estoque de medicamentos? TCE-AM cobra Estado e municípios
- Volta a chover em Manaus para ‘aliviar’ nuvem de fumaça
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.