Manaus, 26 de abril de 2024
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Manaus, 26 de abril de 2024

Cidades

Juiz autoriza médico que bateu em gestante voltar ao trabalho

O médico foi afastado das atividades após um vídeo em que ele aparece agredindo uma gestante que não conseguia ter parto normal viralizar na internet

Juiz autoriza médico que bateu em gestante voltar ao trabalho

O médico Armando Andrade de Araújo, que aparece em vídeo agredindo uma grávida durante o parto na Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus, conseguiu autorização na justiça para retornar aos trabalhos.

A decisão foi do juiz Diógenes Vidal Neto, que suspendeu a decisão da diretoria do Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Amazonas (Igoam) que afastou o médico obstetra Armando das atividades.

Na decisão, o juiz afirma que o médico sofreu penalidade sem ter sido assegurado o princípio constitucional da ampla defesa e contraditório. A diretoria do Igoam resolveu suspender o médico de seus plantões ‘exofficio’ e ‘em caráter liminar e excepcional’.

A defesa do médico, afirmou que a diretoria e a comissão disciplinar do Igoam emitiram o ofício n. 040/2019 suspendendo ‘arbitrariamente’ por prazo indeterminado o médico de todos os plantões obstétricos há partir o dia 20 de fevereiro deste ano, o que viola o art. 5º, XLVII, da Constituição Federal, onde prevê que ‘não haverá penas: b) de caráter perpétuo’.

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Coletivo Feminista Humaniza repudiou a decisão do juiz que autorizou o médico retornar às atividades laborais nas maternidades

 

Leia a nota na íntegra 

O Coletivo Feminista Humaniza vem a público REPUDIAR VEEMENTEMENTE a decisão judicial que autorizou o médico ARMANDO ANDRADE ARAÚJO a retornar às atividades laborais nas maternidades.

O fato abre um perigo de danos irreversíveis à dezenas de mulheres que possam vir a ser atendidas pelo referido profissional que, além de ser processado em vários autos por diversas más condutas médicas, foi flagrado em um vídeo divulgado recentemente cometendo violência obstétrica contra um menor que se encontrava em trabalho de parto em uma maternidade do Estado do Amazonas.

As mulheres que possam vir a ser atendidas pelo profissional citado correm risco iminente de sofrer toda ordem de mutilação, violência verbal e psicológica, e outras condutas típicas de profissionais violentos.

Não vamos nos calar! O Coletivo convoca todas as pessoas, veículos e instituições que se importam minimamente com as mulheres grávidas do nosso Estado para que se juntem a esse grito desesperado pela vida e dignidade das mulheres.

 

Veja a decisão na íntegra