Coluna Cenário
Após prometer resolver o problema da Segurança Pública no Amazonas na eleição suplementar deste ano, o governador do Estado, Amazonino Mendes (PDT), e seu vice, Bosco Saraiva (SDD), dão evidências de que não estão conseguindo conter a guerra entre fações ligadas ao tráfico de drogas em Manaus, que, inclusive, tem tirado a vida de pessoas inocentes, sem envolvimento com o crime organizado, no Estado.
Prova disso é que apesar de toda a mídia paga para divulgar o trabalho da Secretaria de Segurança Pública (SSP), comandada por Bosco Saraiva, só neste semana dez pessoas foram assassinadas, entre elas vítimas sem ligação com o tráfico, na guerra entre grupos criminosos, como a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O caso que chamou mais atenção foi a chacina no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus, onde seis pessoas morreram e nove ficaram feridas, quando jogavam futebol em um campo do bairro, no último dia 12 de dezembro. As mortes foram atribuídas a uma dissidência de traficantes dentro da FDN.
Após a chacina, o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Cleitman Coelho, deu uma entrevista ao Jornal A Crítica neste sábado, 16, admitindo que pediu a permanência da Força Nacional em Manaus por não se sentir seguro na gestão dos presídios do Amazonas.
Em janeiro deste ano, a briga entre facções deixou mais de 60 detentos mortos e outros 180 fugiram da prisão por conta da falta de controle do Estado sobre a guerra dos grupos criminosos que comandam o tráfico de drogas em Manaus.
Até o momento, nem Amazonino nem Bosco apresentaram um plano para combater as facções e se prendem a fazer blitzes pontuais em bairros, esquecendo de criar mecanismos para prender os verdadeiros comandantes do tráfico de drogas responsáveis pelas matanças em Manaus.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.