Manaus, 19 de maio de 2024
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Cenário

Amazonino e Bosco Saraiva não conseguem conter guerra entre facções em Manaus

Amazonino e Bosco Saraiva não conseguem conter guerra entre facções em Manaus

A convenção do Solidariedade aconteceu neste sábado, 4. (Foto: Divulgação)

Governador e seu vice, que comanda a Secretaria de Segurança, perderam o controle do Estado para os traficantes (Reprodução/Internet)

Coluna Cenário

Após prometer resolver o problema da Segurança Pública no Amazonas na eleição suplementar deste ano, o governador do Estado, Amazonino Mendes (PDT), e seu vice, Bosco Saraiva (SDD), dão evidências de que não estão conseguindo conter a guerra entre fações ligadas ao tráfico de drogas em Manaus, que, inclusive, tem tirado a vida de pessoas inocentes, sem envolvimento com o crime organizado, no Estado.

Prova disso é que apesar de toda a mídia paga para divulgar o trabalho da Secretaria de Segurança Pública (SSP), comandada por Bosco Saraiva, só neste semana dez pessoas foram assassinadas, entre elas vítimas sem ligação com o tráfico, na guerra entre grupos criminosos, como a Família do Norte  (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).  

O caso que chamou mais atenção foi a chacina no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus, onde seis pessoas morreram e nove ficaram feridas, quando jogavam futebol em um campo do bairro, no último dia 12 de dezembro. As mortes foram  atribuídas a uma dissidência de traficantes dentro da FDN.

Após a chacina, o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Cleitman Coelho, deu uma entrevista ao Jornal A Crítica neste sábado, 16, admitindo que pediu a permanência da Força Nacional em Manaus por não se sentir seguro na gestão dos presídios do Amazonas.

Em janeiro deste ano, a briga entre facções deixou mais de 60 detentos mortos e outros 180 fugiram da prisão por conta da falta de controle do Estado sobre a guerra dos grupos criminosos que comandam o tráfico de drogas em Manaus.

Até o momento, nem Amazonino nem Bosco apresentaram um plano para combater as facções e se prendem a fazer blitzes pontuais em bairros, esquecendo de criar mecanismos para prender os verdadeiros comandantes do tráfico de drogas responsáveis pelas matanças em Manaus.