Parlamentar disse que problemas enfrentados em regiões mais pobres do Brasil são causados por omissão da classe política. Foto: Reprodução/Redes sociais
Manaus (AM) – O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) comentou em postagem no Twitter, publicada neste sábado (3), a declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sobre uma suposta “superioridade” de estados do Sul e Sudeste no desenvolvimento econômico do país em comparação ao Norte e Nordeste.
Em discurso na abertura do a 8ª Edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), realizada em Belo Horizonte nessa sexta-feira (2), Zema afirmou que “se tem estados que podem contribuir para esse país dar certo eu diria que são esses sete aqui. São estados onde, diferente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial”.
Em resposta, o parlamentar escreveu: “dar a entender que o Sul e Sudeste são ‘superiores’ ao Norte e Nordeste porque têm menos gente vivendo de auxílio é um argumento tão raso quanto uma poça d’água”.
Amom argumentou que os problemas enfrentados em regiões mais pobres do Brasil são causados por omissão da classe política.
“O fato de termos mais problemas sociais não nos torna ‘inferiores’; só constata que somos mais abandonados que o resto do país. Quem usa isso como argumento para rebaixar o Norte e o Nordeste é um idiota”.
Um usuário respondeu ao comentário, afirmando que o parlamentar deveria questionar a pesquisa que embasaria o argumento do governador, e não o chefe do Executivo mineiro. O levantamento, feito pelo portal Poder 360, mostra que, na maioria dos estados do Norte e Nordeste, o número de beneficiários do Bolsa Família supera emprego com carteira assinada.
“A pesquisa está certa. É um fato. Só estou dizendo que quem usa isso pra dar a entender que Sul e Sudeste são ‘superiores’ é um idiota. O fato de termos mais problemas sociais não nos torna ‘inferiores’, só constata que somos mais abandonados que o resto do país”, rebateu Amom.
Dados do cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no entanto, apontam que a maioria dos estados brasileiros tem mais pessoas com carteira assinada do que recebendo auxílio.
O Sudeste é a segunda região com maior número de beneficiários do programa, com 6,31 milhões de lares atendidos. O Nordeste vem em seguida, com 9,73 milhões de famílias contempladas.
