Manaus, 18 de maio de 2024
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Cenário

Após dificuldades para conseguir o registro de candidatura, Melo tem votação inexpressiva

No último dia 30, dois dias antes do pleito, José Melo conseguiu o seu registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral

Após dificuldades para conseguir o registro de candidatura, Melo tem votação inexpressiva

Foto: arquivo AM1

MANAUS – O ex-governador cassado, José Melo (PROS), não alcançou êxito nas eleições deste ano, após ter ficado oito anos inelegível por compra de votos no pleito de 2014. Melo concorria a umas das 24 vagas na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-governador ficou em 77° lugar na disputa, com apenas 5.127 votos válidos, bem distante do número que precisava para se eleger. Dos 24 deputados eleitos, Wanderley Monteiro (Avante) foi o que obteve menos votos com um total de 17.787.

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José Melo assumiu o Governo do Amazonas pela primeira vez, em abril de 2014, quando ficou no lugar do ex-governador e atual senador reeleito, Omar Aziz (PSD). Em outubro do mesmo ano, disputou a reeleição e saiu vitorioso, obtendo 869.992 mil votos, um percentual de 55,54% contra o seu adversário, atual senador Eduardo Braga (MDB), que ficou com 44,44%, em uma disputa decidida no 2° turno.

Impasses

O candidato enfrentou dificuldades para conseguir seu registro de candidatura ao cargo deputado estadual junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) nas eleições deste ano.

No início de agosto, Melo ficou de fora dos nomes que iriam disputar a corrida eleitoral pelo PROS. O entrave era devido a uma disputa pelo comando da Executiva Nacional da sigla, entre Eurípedes Júnior e Marcus Holanda, que envolveram decisões diferentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Diante do impasse, a convenção partidária que havia oficializado a candidatura de Melo ao cargo de deputado estadual, no dia 5 de agosto, foi anulada pelo TRE.

Para a Justiça Eleitoral, a convenção válida era a do dia 4 de agosto, que não constava o nome de Melo. No entanto, por meio de Mandado de Segurança, o ex-governador conseguiu reverter a decisão no Tribunal e a ata partidária que constava seu nome foi validada pela Justiça Eleitoral.

José Melo também enfrentou uma Ação de Impugnação pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que defendia no processo que ele continuava inelegível a contar da data da eleição de 2014.

No entendimento da Procuradoria Regional Eleitoral, o fim da inelegibilidade de Melo terminava apenas no próximo dia 5 de outubro, e por esse motivo, o ex-governador não poderia concorrer às eleições de 2022.

No último dia 30, dois dias antes do pleito, José Melo conseguiu o seu registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral. Por 4 votos a 2, o TRE rejeitou o processo do MPE contra o registro de candidatura de Melo.