Manaus, 6 de maio de 2024
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Cidades

Após manifestação, servidores são alvo de retaliações em Presidente Figueiredo

Após manifestação, servidores são alvo de retaliações em Presidente Figueiredo

O protesto ocorreu na semana passada e pedia o impeachment de Romeiro e seu vice. (Foto: Divulgação)

Os funcionários efetivos do município de Presidente Figueiredo estão sendo alvo de retaliações por parte do prefeito Romeiro Mendonça, após a manifestação realizada na cidade, no último dia 19 de junho, quando os moradores pediram o impeachment do prefeito e do seu vice Mário Abraão, ambos do PDT. A informação foi repassada ao Amazonas1 pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Presidente Figueiredo (Sinsep). 

O protesto ocorreu na semana passada e pedia o impeachment de Romeiro e seu vice. (Foto: Divulgação)

De acordo com o presidente do Sindicato, Márcio Bastos, após o manifesto ocorrido na semana passada, existe uma demanda grande de denúncias de reclamações de assédio moral, perseguições e retaliações.

“Eles estão transferindo funcionários de secretarias, colocando a disposição da secretaria de administração. Isso é uma forma de coagir, reprimir, uma forma bem clara de perseguição e vamos amanhã até o Ministério Público com documento denunciar essa atitude, pedir do MP que isso não seja praticado pelo Poder Executivo nos dias de hoje. Não admitimos isso”, explicou Márcio.

 

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Uma das servidoras que foi remanejada é Siria Loana Barros Soares, funcionária efetiva na função de ‘auxiliar de serviços gerais’, que exercia o cargo na Secretaria Municipal de Saúde, comandada pela sogra do prefeito. Em ofício com a data de hoje, 25, enviado à Secretaria de Administração a responsável pela pasta da saúde, Sandra de Lima Braga afirma que a servidora foi colocada a disposição em razão de “não adequar-se as normas e rotinas de trabalho desenvolvidas” na secretaria. Outros servidores são, Zenaide Macedo de Araújo Rodrigues e Wanderlan Araújo Mota também da Secretaria de Saúde.

O Sindicato também recebeu denúncias de que Agentes Comunitários de Saúde (ACS) foram ameaçados, mas nenhum quis se identificar por não serem efetivos e estarem sujeitos a perderem seus empregos.

Faltas

Ainda segundo o presidente do Sinsep, os servidores pegaram falta e muitos não participaram da manifestação por medo e no dia seguinte, o auditório da Câmara da cidade estava lotado de pessoas que ocupam cargos comissionados do município com aval da prefeitura.

“Os comissionados são usados pelo prefeito para fazer número quando ele quer mostrar para outros que chegam na cidade que está tudo bem na administração, e esses não são prejudicados, pelo contrário são agraciados, já os servidores concursados são perseguidos”, afirmou Bastos.