Manaus, 5 de maio de 2024
×
Manaus, 5 de maio de 2024

Cenário

Após pressão de prefeitos, governo adia nova Lei de Licitações para 2024

Entre as mudanças, a lei determina que as licitações sejam feitas, preferencialmente, sob a forma eletrônica para dar mais transparência às contratações

Após pressão de prefeitos, governo adia nova Lei de Licitações para 2024

Prefeitos de municípios do Amazonas alegam internet ruim para processos eletrônicos (Foto: Divulgação/ AAM)

Brasília (DF) – A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou nessa quinta-feira que o governo vai adiar para 1º de abril de 2024 a implementação da nova Lei de Licitações. As novas regras passariam a valer no próximo sábado (1º), mas vinham sendo tidas como inviáveis por prefeitos de vários estados, inclusive, o Amazonas.

Conforme a ministra, a legislação é inovadora em relação à norma anterior, mas “o prazo para regulamentação acabou sendo muito apertado”. Dweck participou do último dia de eventos da 24ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília, organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

O adiamento da lei já havia sido anunciado na quarta-feira pelo presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A prorrogação da lei vigente (lei nº 8.666/1993) é um pedido dos prefeitos que participaram do encontro anual em Brasília.

Lei e modernização em atraso

A nova Lei de Licitações (lei nº 14.133/2021) foi sancionada há 2 anos pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) e atualiza as normas para a contratação de serviços e produtos pelo poder público.

Entre as mudanças, a lei determina que as licitações sejam feitas, preferencialmente, sob a forma eletrônica, o chamado pregão 100% eletrônico, para dar mais transparência às contratações públicas.

No Amazonas, o prefeito Anderson Sousa, presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), alega que as prefeituras não têm como cumprir a norma devido à qualidade ruim da internet nos municípios do interior.

“Temos nossas peculiaridades geográficas e outros fatores que dificultam modernizar o interior, mas sabemos que isso é regra para quase todo o Brasil. Mas no Amazonas, mesmo que se diga que temos 11 municípios com 5G, a oscilação dos serviços é tanta, que, às vezes, trabalhamos com 1G”, afirmou ao Portal AM1 em entrevista recente.

LEIA MAIS: