Manaus/AM – Após se atrapalhar com o processo seletivo polêmico para contratar funcionários ao seu gabinete na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Amom (Podemos) possivelmente tenta, agora, limpar sua imagem se recusando a usar a verba da Cota de Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), chamado de ‘Cotão’.
O certame virou polêmica após reclamações de candidatos às vagas, o que fez o vereador decidir cancelar e refazer o processo seletivo.
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Pouco mais de um mês depois, o vereador Amom agora apela para a atitude de não usar a verba do Cotão para supostamente tentar limpar sua imagem. Na Casa Legislativa, pelo Cotão, é disponibilizado R$ 18 mil mensais para que os parlamentares gastem com combustível, aluguéis de carros e outras ações ligadas ao mandato
De acordo com material enviado pela assessoria de comunicação do parlamentar, em três meses de mandato, ele economizou R$ 54 mil.
Ao contrário do que parece, Amom não foi o único parlamentar que deixou de usar o Cotão. Conforme mostrado pelo Portal AM1, mês passado, outros 12 vereadores da CMM também deixaram de usar a verba, incluindo Amom. Somente em fevereiro ele foi o único a se negar a usar o auxílio.
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O vereador Amom afirma que a pandemia que obrigou os vereadores e assessores a trabalharem em home office justifica o não uso dos valores disponibilizados.
“Não dá para gastar por gastar. Enquanto muitos amazonenses lutam por um auxílio emergencial, não acho correto usar isso para andar de carro. Acredito que posso pagar combustível para ir ao trabalho com meu próprio salário, como fazem muitos trabalhadores”, afirma Amom.
Processo seletivo
No início do ano, após abertura de inscrições para o processo seletivo do vereador, o certame foi cancelado em razão de reclamações dos candidatos às vagas sobre a cobrança de taxa no valor de R$ 35, além de diversos problemas técnicos no sistema de cadastramento.
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Dias depois, Amom voltou a abrir a inscrição, desta vez, de forma on-line e gratuita, e, ainda, com uma nova banca examinadora. Embora tenha ‘direito’ a 33 servidores contratados, o parlamentar manteve ofertadas apenas cinco vagas de assessor parlamentar comissionado, por meio da seleção.
A situação virou polêmica na cidade, onde até juristas procurados pelo Portal AM1 julgaram a ideia do certame como algo imoral diante da crise da pandemia da covid-19.
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