Manaus (AM) – Aproveitando a janela partidária, que segue até esta sexta-feira (5), o simpatizante da ideologia “bolsonarista”, vereador Francisco Carpegiane – mais conhecido como Capitão Carpê –, vai deixar o Republicanos, partido que o elegeu em 2020, com 8.538 votos, para se filiar ao Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Carpê confirmou a desfiliação do PL e transferência de sigla partidária nessa segunda-feira (1º) durante sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
“Quero comunicar a minha desfiliação do partido Republicanos; partido esse que me recebeu com muito carinho. Só tenho a agradecer a todo o carinho e irmandade durante todos esses quatro anos. Deixo aqui o meu carinho e abraço a todos os filiados do Republicanos e a todos os políticos que representam o partido”, disse.
O PL se manteve, neste ano, com a maior bancada da Câmara Federal, com 95 representantes, seguido pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), com 81. Ainda dispõe do maior tempo de televisão nos programas eleitorais, assim como também de maior recurso do Fundo Partidário, o que contribui para a vida política dos seus candidatos ao cargo de prefeitos vereador no pleito de 2024.
Segundo Carpê, falta somente oficializar a filiação no Partido Liberal. Agora, ele é o segundo vereador a migrar para a sigla. Antes, o vereador Raiff Matos deixou o Democracia Cristã e correu para o Partido Liberal (PL), considerado como partido de direita. A filiação de Raiff se deu no último sábado (30) com direito à festa, que encheu a casa, e hasteamento de bandeira.
Janela partidária
A filiação com o benefício da janela partidária – que é quando o político não perde o mandato em pleitos proporcionais – pode ser feita até o dia 5 abril, ou seja, prazo-limite de seis meses antes das Eleições Municipais de 2024, marcadas para o dia 6 de outubro, com eventual segundo turno para o dia 27 do mesmo mês.
Além da janela partidária, existem duas situações que permitem a mudança de legenda com base em justa causa, são elas: desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Portanto, mudanças de partido que não se enquadrem nesses motivos podem levar à perda do mandato.
Até o momento, a uma semana para o fim do prazo, a movimentação dos vereadores ainda é tímida e não foi a esperada para o período. Conforme os bastidores políticos, isso ocorre devido à maioria da base do prefeito David Almeida (Avante) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), esperar que ele tome posição em relação à janela partidária. David, que também deve concorrer à reeleição, afirmou anteriormente que seguirá no Avante – partido que o elegeu em 2020.
Ao contrário da base, a oposição ao prefeito se movimenta mais e segue migrando para outros partidos; porém, poucos vereadores anunciaram oficialmente suas novas casas.
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