Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Política

Barroso solta indiretas contra Bolsonaro em evento: ‘precisamos enfrentar o mal’

O ministro ainda afirmou que o Brasil precisou conviver com uma "posição negacionista" em relação à pandemia da covid-19, sem mencionar o presidente Bolsonaro

Barroso solta indiretas contra Bolsonaro em evento: ‘precisamos enfrentar o mal’

Foto: Reprodução

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, nesse domingo (10), ser necessário restabelecer o “poder da verdade” no Brasil, diante de um cenário de desinformação, “mentiras deliberadas” e teorias conspiratórias.

Como exemplo, Barroso citou a ditadura militar de 1964, que se estendeu por mais de duas décadas no Brasil. A declaração do ministro ocorre dias depois de o presidente Jair Bolsonaro enaltecer o regime militar.

O ministro ainda afirmou que o Brasil precisou conviver com uma “posição negacionista” em relação à pandemia da covid-19, sem mencionar o presidente Bolsonaro. “É um fato. A partir daí, qualquer um pode interpretar como quiser”, disse em painel da Brazil Conference.

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Barroso continuou fazendo algumas indiretas que podem ter como alvo o presidente Bolsonaro. Ao comentar sobre os ataques à integridade do processo eleitoral, o ministro pontuou que a democracia no mundo e no país, se encontra sob ataque do “populismo autoritário”, além de citar alguns episódios que envolveram diretamente Bolsonaro.

“No Brasil houve comício na porta do Quartel General do Exército, pedindo a volta do regime militar, fechamento do Congresso e Supremo. Isso não é natural. Houve manifestação no 7 de setembro e afirmação de descumprimento de decisões judiciais, isso não é natural”, afirmou Barroso.

A manifestação citada por ele foi a que o presidente Bolsonaro esteve presente, onde fez um discurso com ataques ao Supremo e a Côrte do órgão.

“Eu não gostaria de ter uma narrativa de que tudo está desmoronando. Precisamos de compreensão crítica de que há coisas ruins acontecendo, mas é preciso não supervalorizar o inimigo. Nós somos a democracia. O mal existe e precisamos enfrentá-los, mas o mal não pode mais do que o bem”, completou o ministro.

(*) Com informações do Uol