Manaus (AM) – Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os extratos bancários dos quatro anos em que esteve à frente da Presidência. A iniciativa veio uma semana após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de autorizar a quebra do sigilo bancário, que não anula a decisão sobre informações da sua movimentação financeira. O ministro pediu a quebra de sigilos bancários e fiscais de Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro por conta do recebimento de joias da Arábia Saudita.
Os dados apresentados por Bolsonaro ao tribunal podem ser aproveitados na apuração. Ainda, sim, a investigação só pode ser feita com as informações enviadas diretamente dos órgãos oficiais.
Na petição apresentada ao ministro na última quinta-feira (24), os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser afirmam que o ex-presidente se apresenta “de forma espontânea” para afastar a necessidade de “movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão”.
“Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão”, afirma a petição.
Os advogados também solicitam que o sigilo seja decretado nos autos. “Considerando o teor dos documentos ora apresentados, requer a decretação do sigilo da presente petição e seus anexos. Não obstante, informa que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária.”
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