Manaus, 25 de abril de 2024
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Manaus, 25 de abril de 2024

Política

Câmara aprova projeto que autoriza uso da reforma do IR para bancar Auxílio Brasil

Proposta autoriza uso de emendas para criação ou aumento de despesas para programas como o Auxílio Brasil; projeto segue para o Senado

Câmara aprova projeto que autoriza uso da reforma do IR para bancar Auxílio Brasil

Foto: Divulgação

BRASÍLIA, DF – A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PLN) que autoriza o governo a usar a reforma do Imposto de Renda (IR) para custear o Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família. O projeto encaminhado pelo Executivo foi aprovado nesta segunda-feira (27), e segue para avaliação do Senado.

A proposta autoriza o uso de emendas legislativas como fonte de compensação para criação ou aumento de despesa obrigatória para programas de transferência de renda. A intenção, segundo o governo, é usar a arrecadação oriunda do IR para bancar o Auxílio Brasil.

No parecer, o relator do projeto, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), flexibilizou o uso dos recursos gerados pela redução de despesas primárias a partir da abertura de créditos extraordinários. O texto ainda traz a possibilidade de o espaço poder ser usado para despesas primárias sem relação com a área que recebeu dinheiro via créditos extraordinários.

Leia mais: Auxílio Brasil: Bolsonaro entrega proposta do novo super Bolsa Família

Orçamento

O PLN mexe na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2021, e o montante de recursos extras originalmente destinados ao auxílio emergencial pode deixar sobrando recursos previstos para o Bolsa Família neste ano. No projeto votado nesta segunda-feira, Juscelino Filho propôs, ainda para este ano, a inclusão de normas idênticas às aprovadas pelo Congresso e vetadas por Bolsonaro para a LDO de 2022.

Um dos dispositivos autoriza a celebração de aditivos em contratos para conclusão de obras paralisadas que demonstrem “equilíbrio no cronograma físico financeiro e apresentem execução física igual ou superior a 30%”. É uma proposta polêmica e enfrenta resistências na equipe econômica, mas é patrocinada pela base de apoio do governo. A alteração pode encarecer o custo de obras nos próximos anos com o objetivo de atender a interesses eleitorais.

Além disso, o governo havia proposto no texto original a proibição do envio de recursos para municípios inadimplentes com menos de 50 mil habitantes e ainda a vedação às transferências especiais para emendas de bancada estadual, verbas batizadas de “emendas cheque em branco” e “PIX orçamentário”. Essas duas propostas já foram alvo de derrubada de vetos no Congresso. No parecer do projeto, o relator garante a manutenção dos dispositivos na LDO deste ano.

(*) Com informações do UOL.

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