Manaus, 8 de maio de 2024
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Manaus, 8 de maio de 2024

Política

Câmara derruba veto de Bolsonaro e Fundão volta a ser de quase R$ 6 bilhões

"Fundão" foi vetado por Bolsonaro em agosto de 2021, mas deputados derrubaram o veto; agora, Senado vai avaliar se segue a Câmara ou não

Câmara derruba veto de Bolsonaro e Fundão volta a ser de quase R$ 6 bilhões

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

BRASÍLIA, DF – A Câmara dos Deputados derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões, o chamado “Fundão”. O veto foi derrubado em sessão desta sexta-feira (17), por 317 a 146, durante sessão do Congresso Nacional. Agora, caberá aos senadores analisarem a proposta ainda nesta sexta-feira e avalizarem a derrubada do veto.

A proposta original ampliava o Fundo Eleitoral de R$ 2,1 bilhões para R$ 5,7 bilhões para o ano de 2022, no âmbito da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Bolsonaro havia vetado o trecho em agosto, mas só derrubou depois que seus apoiadores começaram a criticar o trecho. Na ocasião, ele chegou a criticar o vice-presidente do Congresso, deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM).

Na sessão, deputados de oposição e independentes se revezaram na crítica e no apoio à aprovação do fundo eleitoral. De acordo com a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), o que aconteceu foi uma inversão de prioridades.

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“Não se trata se é financiamento publico ou privado. O que estamos discutindo aqui é o valor vergonhoso de dinheiro público. Existe um valor mínimo legal, que é de R$ 800 milhões. Estão querendo um de R$ 6 bilhões. Estás são as prioridades do país?”, pontuou.

Já o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que o financiamento atende não apenas a oposição, mas quase todos os partidos da base governista. Ele ainda chamou o Fundo Eleitoral de “conquista para a democracia”, e disse que o Fundo é a única proposta para financiar as campanhas desde o veto do financiamento por pessoas jurídicas feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Quando somos financiados pelo dinheiro público, não ficamos devendo favores e nem ficamos na condição de ter que atender quem nos financiou, e isso é uma grande conquista para a democracia”, salientou.

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