Foto: reprodução
Manaus/AM – Além de estarem acostumados a adiar as votações de projetos de lei na Câmara Municipal de Manaus (CMM), os vereadores da Casa Legislativa também ficam de ‘papo’ em conversas paralelas, constantemente, em plena atividade de deliberação de projetos. Nesta segunda-feira (11), a conversa foi tanta, que a vereadora Glória Carratte (PL), que fazia a leitura das proposituras, teve de levantar o tom de voz e reclamar.
“Se alguém ficar calado, dá para ‘mim’ [sic] ler, senão eu não vou ler, senhor presidente. Eu estou lendo aqui não sei para quem”, reclamou a parlamentar para os demais vereadores que estavam totalmente dispersos, conversando e mexendo em seus celulares.
Na ocasião, a vereadora estava lenda o veto do Executivo Municipal do Projeto de Lei nº 341/2021, de autoria do Vereador Everton Assis, que trata do “Programa Wi-Fi Comunitário” nas praças, parques e pontos turísticos de Manaus, por intermédio de convênios e parceiras público-privadas.
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Logo após a ‘bronca’, o vice-presidente da Casa Legislativa, vereador Wallace Nascimento (Pros), também reclamou das conversas e chamou a atenção do vereador Gilmar Nascimento (União Brasil). “Vereador Gilmar Nascimento, nós estamos lendo o que vossa excelência solicitou. Depois, pode haver algum mal-entendido. Nós estamos lendo o veto que veio da prefeitura!”, disse Wallace Oliveira.
Vale destacar que parte dos projetos deliberados, nesta segunda, deveriam ter sido votados na semana passada, ou seja, estão atrasados. Isso porque na quarta-feira (6) passada, os parlamentares adiaram a votação da Ordem do Dia para hoje. Em vez de estarem concentrados, os vereadores da CMM ficam dispersos em plena votação de PLs.
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Um levantamento feito pelo Portal AM1 verificou que os vereadores se reuniram 24 vezes desde o início dos trabalhos, no dia 2 de fevereiro. A data caiu numa segunda-feira, dia da votação, que não foi realizada. Na abertura dos ‘trabalhos’, a sessão se resumiu em pronunciamentos do prefeito David Almeida (Avante), presente na ocasião.
Dessas 24 sessões plenárias, 16 ocorreram nas segundas e quartas-feiras (dias em que são realizadas as votações). E dessas 16 sessões, quatro tiveram adiamento da Ordem do Dia, ou seja, em dois meses, os parlamentares só realizaram votação de leis 12 vezes.
Veja a ‘bronca’ a partir do minuto 49:40
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