Manaus, 18 de maio de 2024
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Manaus, 18 de maio de 2024

Cenário

Carta de Manaus pede autonomia financeira dos Tribunais de Justiça

A Carta de Manaus, aprovada durante o “VIII Encontro do Conselho dos Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil – Consepre”, reuniu os presidentes e representantes dos tribunais estaduais do País.

Carta de Manaus pede autonomia financeira dos Tribunais de Justiça

Aprovação da Carta de Manaus, com as deliberações do Conselho; e a palestra do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (Foto: Chico Batata)

Manaus (AM) – A Carta de Manaus, aprovada durante o “VIII Encontro do Conselho dos Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil – Consepre”, que reuniu os presidentes e representantes dos tribunais estaduais do País na capital do Amazonas, resultou em quatro deliberações:

Asseverar a necessidade de se garantir a autonomia administrativa e financeira dos Tribunais de Justiça Estaduais e do Distrito Federal, insculpida na Carta Constitucional de 1988, essencial para o funcionamento célere e eficiente do sistema judiciário brasileiro;

Destacar a necessidade de participação de representantes da Justiça Estadual no grupo de trabalho do Conselho Nacional de Justiça responsável por regulamentar a instalação do juiz das garantias. Reforça-se a necessidade de observância das peculiaridades dos Tribunais de Justiça, decorrente da diversidade econômica, social, orçamentária e de infraestrutura tecnológica;

Defender o constante diálogo entre a Justiça Estadual e o Conselho Nacional de Justiça para deliberações sobre temas que possam ter repercussão em seu funcionamento e orçamento;

E ressaltar a importância da adoção de boas práticas e inovações, como a inteligência artificial, para a modernização da gestão administrativa dos Tribunais de Justiça e dos serviços auxiliares à prestação jurisdicional.

O encontro também foi marcado pela presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que palestrou sobre “O Direito Digital e o Sistema de Justiça no Brasil”.

Dino pediu que os magistrados participem do esforço nacional prioritário sobre o Direito Digital. “Estamos defendendo que o Congresso Nacional e o Poder Judiciário se debrucem sobre a análise da incidência dos artigos 19 e 21 do Marco Civil da Internet, revendo esse modelo e criando uma simetria entre os bônus e os ônus derivados dessa conduta. Precisamos debater o tema da responsabilidade das plataformas”, disse o ministro.

Na ocasião, o ministro foi homenageado com o título de Cidadão Itacoatiarense. De autoria da vereadora Cheila Moreira (PT), o título foi aprovado no dia 7 de agosto deste ano e está marcado para ser entregue na sexta-feira (10).

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