(Foto: Reprodução)
MANAUS – A Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou ao Brasil que adote medidas para proteger 11 pessoas ligadas a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava), que participaram das buscas pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, mortos em junho deste ano, no extremo Oeste do Amazonas.
A decisão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) foi divulgada na última segunda-feira e afirma que os 11 integrantes estão em situação de “grave risco”.
“A Comissão observa que as 11 pessoas propostas beneficiárias receberam ameaças e assédio devido a seus trabalhos como defensores, como pessoas que demandam justiça pelo assassinato de Araújo Pereira e Phillips”, diz o documento assinado por Tania Reneaum Panszi, secretaria executiva da CIDH.
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A resolução é decorrente de um pedido da Unijava feito em julho deste ano para que a CIDH concedesse a esse grupo medidas cautelares para sua proteção. Para justificar o pedido, a Unijava levantou o histórico de ataques e ameaças de violência contra os povos indígenas e seus defensores na região.
O grupo citou que membros já receberam cartas com ameaças a suas vidas e foram alvos de ameaças diretas em praças de Atalaia do Norte, município onde a morte de Bruno e Dom ocorreu. A comissão aponta, ainda, para a presença do tráfico de drogas, mineração e pescas ilegais na região.
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Os membros da Unijava citados pela CIDH são: Beto Marubo, Cristóvão Negreiros, Eliesio Marubo, Higson Dias, Juliana Oliveira, Manoel Barbosa da Silva, Natália France Neves Carvalho, Orlando Possuelo, Paulo Dollis, Varnei Kanamary e Valdir Estevão Marubo.
Os acusados pela morte de Bruno Pereira e Dom Phillips, Amarildo da Costa, Oseney da Costa e Jefferson da Silva, serão ouvidos em audiência de instrução processual nos dias 22, 23 e 24 de janeiro de 2023.
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