Manaus, 20 de maio de 2024
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Manaus, 20 de maio de 2024

Cidades

AM Energia faz campanha contra ‘gato’ e clientes reagem: ‘vamos denunciar a empresa’

A concessionária pediu aos clientes para denunciarem furtos de energia, os 'gatos', mas os internautas alegaram que a própria empresa comete o crime

AM Energia faz campanha contra ‘gato’ e clientes reagem: ‘vamos denunciar a empresa’

Manaus – Em mais uma derrota na Justiça do Amazonas por conta dos novos medidores de consumo, a Amazonas Energia decidiu realizar a campanha para denunciar furtos de energia elétrica. A campanha da concessionária ocorre em um momento em que a empresa está envolvida na polêmica instalação dos medidores.

Por meio das redes sociais, a concessionária afirmou que tem avançado no combate ao furto de energia, e apontou que o que mais prejudica o fornecimento aos clientes é o famoso “gato”. A empresa ainda destacou que somente ela é autorizada a fazer instalações e inspecionar os equipamentos de medição.

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“O furto de energia e a fraude de medidores são tipificados como crime, nos termos do código penal brasileiro, artigos 155 e 171, além de ser passível de penalidades administrativas, pois ninguém está isento de cumprir a Lei”, diz um trecho do texto de divulgação da campanha.

Foto: Reprodução

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No entanto, a campanha de furto não surtiu o efeito esperado, uma vez que os clientes acusaram a própria empresa de estar cometendo o crime. “Crime é ter que deixar de comprar comida pra pagar essas contas superfaturadas de vocês”, escreveu um usuário. “Vocês já deveriam está presos Amazonas energia ladra !”, disse outro internauta.

Foto: Reprodução

Suspensão

Nessa quarta-feira (8), a Justiça do Amazonas derrubou a decisão que permitia a instalação dos medidores da Amazonas Energia. No documento, o desembargador Lafayette Carneiro Vieira Júnior citou declarações do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) sobre os preços abusivos dos novos medidores.

O contra-argumento da Amazonas Energia foi apresentar outro lado do Ipem, com 57 medidores que não apresentaram problemas, mas o desembargador entendeu que o número não seria o suficiente para garantir que os medidores não causarão prejuízos ao consumidor.