A Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) do órgão, emitiu hoje, 14, “Estado de Atenção”, para onze municípios das calhas do Juruá, Purus e Madeira, por significativo déficit de chuva e diminuição do volume de água nas regiões.
“O Estado de Atenção é o primeiro estágio do desastre. Esse é o momento em que as Defesas Civis Municipais, devem identificar as áreas que podem ser atingidas, com previsão de afetados, isolamento de área e assim preparar os municípios para ações de resposta, caso haja evolução do cenário”, ressaltou o Secretário Executivo da Defesa Civil do Amazonas, coronel Fernando Pires Júnior.
O boletim foi emitido para os municípios de Guajará, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna e Envira, na calha do Juruá; Boca do Acre, Canutama, Lábrea e Pauini, da calha do Purus; Humaitá e Manicoré, na calha do Madeira.
Clima – De acordo com dados do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), as bacias do Juruá, Purus e Madeira, estão no trimestre mais seco do ano. É característico deste período, a baixa pluviosidade. Mas em 2017, neste intervalo de tempo, as chuvas foram abaixo da média do que era previsto.
No Juruá, a previsão de precipitação no mês de julho era de 66 mm, mas só foram registrados 21 mm. Menos de 50% do volume esperado. Nesse mês de agosto, a média prevista é de 72 mm.
Já no Purus, em julho, a estimativa era de 42 mm de chuva e só foram registrados 09 mm.
“Ainda de acordo com o SIPAM, não existe um evento climatológico de grande escala que justifique o cenário. Entre as possibilidades para o agravamento da situação, está uma massa de ar seco na região central do Brasil, que vem inibindo a ocorrência de chuvas em grande parte da Amazônia Legal”, alertou o Secretário.
Hidrologia – Segundo o boletim do Serviço Geológico do Brasil/CPRM, o rio Acre, no Estado Acre, que influencia diretamente as bacias do Juruá e Purus, estão em processo de crítico de vazante.
Na capital Rio Branco o rio atingiu hoje a cota de 1,60 m, estando apenas 0,30 cm acima da mínima histórica atingida em 2016.
Em Boca do Acre, no Amazonas, estação de referência para a calha do Purus, o rio atingiu na última medição (11.08.17), a cota de 4,44 m, faltando apenas 0,95 m para atingir a mínima histórica de 3,49 m registrada em outubro de 1998.
Na bacia do rio Madeira, julho também representa um mês de pouca precipitação. Dos 45 mm previstos, foram registrados 4 mm de chuva.
No Amazonas, as mínimas históricas registradas, normalmente são nos meses de setembro e outubro.
Balanço estiagem 2017:
*SITUAÇÃO DE ATENÇÃO: 11 MUNICÍPIOS
- Canutama (calha do Purus)
- Boca do Acre (calha do Purus)
- Lábrea (calha do Purus)
- Pauiní (calha do Purus)
- Guajará (calha do Juruá)
- Ipixuna (calha do Juruá)
- Eeurnepé (calha do Juruá)
- Itamarati (calha do Juruá)
- Envira (calha do Juruá)
- Humaitá (calha do Madeira)
- Manicoré (calha do Madeira)
Fonte: Assessoria Secom
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