A reforma administrativa proposta pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), repercutiu entre parlamentares locais. Ao menos três deles, se manifestaram contra a fusão, que deverá reduzir de 25 para 19 o número de ministérios, em Brasília. Nesta quarta-feira, 31, o deputado estadual Adjuto Afonso (PDT), destacou, na Assemnleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que a proposta de criar o “superministério da Economia”, unindo os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior e Serviços, coloca em risco os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM). “Eu fico preocupado, porque um superministério desse não vai ter um olhar especial pela Zona Franca. Certamente, para isso, vão buscar a retirada de incentivos e de competitividade que nós temos através do Pólo Industrial”, disse o pedetista.
Adjuto, Serafim e José Ricardo manifestaram preocupação quando a reforma ministerial, proposta pela equipe de Bolsonaro
Já o deputado Serafim Corrêa (PSB) afirma que a situação é ainda mais grave para a economia local. “Agora vai ser portaria ministerial, e vai ser do Paulo Guedes (que está cotado para o Ministério da Economia). Quem representa o Paulo Guedes aqui é a Receita Federal. É a ela que os empresários vão ter que se dirigir. A rigor, A Suframa pode fechar as portas, porquê não tem mais sentido. A Suframa perde a razão de ser, pois a referência será a Receita Federal”, apontou.
O petista José Ricardo (PT), eleito deputado federal, também criticou a proposta voltada para a área econômica e disse que existem outras preocupações sobre a gestão de Paulo Guedes, pois “ele defende a privatização da Eletrobrás, Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, o que para muitas cidades, incluindo as do Amazonas, resulta num grande prejuízo social e econômico”.
Além das mudanças no ministérios da Economia, o futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciou na última terça-feira, 30, que também haverá a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. O anúncio provocou a revolta de ambientalistas, que alegaram que as pautas voltadas ao meio ambiente ficarão comprometidas.
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