Manaus, 17 de maio de 2024
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Cenário

Em Manaus, esquerda protesta e pede a saída de Bolsonaro neste sábado

Manifestações contra Bolsonaro acontecem em meio a prenúncios de uma terceira onda da covid-19; organizações garantem que evento terá todos os cuidados

Em Manaus, esquerda protesta e pede a saída de Bolsonaro neste sábado

Principal pauta dos manifestantes é o impeachment de Jair Bolsonaro. Foto: Márcio Silva/Amazonas1

MANAUS, AM – Neste sábado (28), Manaus será palco de protestos contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido). O ato acontece na Praça da Saudade, a partir das 15h. Além de Manaus, os municípios de Tefé, Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Humaitá participam da mobilização nacional, que acontece em diversas capitais.

O protesto acontece em meio à pandemia do novo coronavírus. Só em Manaus, já são quase 13 mil mortos pela covid-19. No Brasil inteiro, o número de casos já beira os 17 milhões, com mais de 450 mil mortos em todo o país.

O ato contra Bolsonaro é promovido por entidades como a União Estadual dos Estudantes (UEE-AM) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Organizações partidárias, como a Juventude Juntos, a Juventude do PT, e partidos como PT, PSOL, Rede e PSTU estão na liderança do evento.

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Pauta

De acordo com Victória Nogueira, dirigente do PSOL e uma das organizadoras do protesto, a pauta principal do ato é o impeachment do presidente Bolsonaro. No entanto, outras pautas estão na agenda do movimento, como a luta por vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600,00, empregos e moradia. Além destas, também está na pauta a defesa da Zona Franca de Manaus e a permanência dos serviços públicos que podem ser extintos com a reforma administrativa.

“Desde o início da sua gestão, ele tem ameaçado a democracia no país. Isso acontece quando ele vai a atos antidemocráticos que pedem o fechamento do STF, quando convoca empresários para irem à “guerra” contra governadores no meio da pandemia, bloqueia compra de respiradores e outros equipamentos de saúde. Essas e outras evidências nos levam a pedir o impeachment de Jair Bolsonaro”, afirma.

Distanciamento e pandemia

Ainda segundo Victória, os movimentos irão às ruas mesmo com sinais de uma terceira onda. Segundo ela, a organização do ato vai garantir o distanciamento entre os manifestantes, além de distribuir álcool em gel e máscaras.

“Na Colômbia, o lema das manifestações massivas é ‘se um povo protesta e marcha no meio de uma pandemia, é porque seu governo é mais perigoso que o vírus’. Dia 29, vai ser assim aqui no Brasil”, salienta.

Outra alternativa para aqueles que não ou não quiserem comparecer ao ato presencial será uma manifestação virtual, híbrida. “Nesse ato híbrido, os manifestantes vão poder somar na divulgação dos materiais e acompanhar o trajeto do ato de forma virtual”, aponta Victória.

A dirigente ainda ressalta que não se pode perder as esperanças só porque as ações do “desgoverno” federal afetam a população. Segundo ela, a pandemia tem matado milhares porque o Governo Federal não comprou vacinas a tempo. Outros pontos ainda colaboram, como a reforma administrativa.

“Então, precisamos ter esperanças por dias melhores. Mas esses dias melhores chegarão quando tirarmos o Bolsonaro da Presidência. E vamos conseguir tirar com a força dos movimentos sociais, com a resistência da população que não vai aceitar ver o país do jeito que está”, completa.