Manicoré, AM – O prefeito de Manicoré, Lúcio Flavio (PSC), vai pagar mais R$ 9 milhões à empresa Plastiflex Empreendimentos da Amazônia, que já foi multada pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) por irregularidades. A mesma empresa, inclusive, já tem contratos milionários firmados com a administração municipal, que, ao todo, chegam a R$ 27 milhões.
O despacho de adjudicação, documento que declara a empresa vencedora da licitação, foi publicado nesta quinta-feira (2) no Diário Oficial dos Municípios. O documento está assinado pelo presidente da Comissão de Licitação, Augusto Vieira do Nascimento.
Ao todo, a prefeitura vai pagar R$ 9.651.477,70 para serviços de engenharia, recapeamento asfáltico e drenagem urbana nas ruas do município de Manicoré.
A empresa beneficiada com o valor milionário é a Plastiflex Empreendimentos da Amazônia – LTDA, que está sediada na rua Vicente Feola, bairro Parque Dez, em Manaus, e no seu CNPJ (01.426.987/0001-73) consta “obras de alvenaria” como atividade principal. Outras atividades incluem serviços de pintura, administração de obras, entre outros.
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Com capital social de R$ 2,8 milhões, os donos da empresa são os empresários Aydamo Celio Silva Bizerra Campos e Allan Sergio Silva Bizerra Campos.
Vale destacar que, anteriormente, a Prefeitura de Manicoré publicou dois extratos de contrato, no mês passado, também para pavimentação. Os negócios fechados somam mais de R$ 17 milhões e se somados ao atual possível contrato, o valor sobe para R$ 27.262.465,30.
Além disso, a Pastiflex possui um histórico envolvendo irregularidades em contratos anteriores, em outras cidades. Em junho deste ano, a Plastiflex foi condenada pelo TCE-AM ao pagamento de multa de R$ 13,7 mil por envolvimento em irregularidades no termo de convênio de 2007 firmado entre a Secretaria de Estado da Educação do Amazonas (Seduc) e a Prefeitura de Tapauá.
O caso envolve a Tomada de Contas Especial do Termo de Convênio nº 129/2007, de R$ 396,2 mil. O ex-secretário Gedeão Amorim foi multado em R$ 13,7 mil e o ex-prefeito de Tapauá, Almino Albuquerque, em R$ 30 mil. O objeto era o repasse de recursos para serviços de reforma da Escola Estadual Marizita e quadra poliesportiva.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Manicoré para questionar o alto valor dos gastos e se tinha conhecimento do envolvimento da empresa contratada em irregularidades. Porém, não houve retorno aos questionamentos feitos.
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