(Foto: ICDSAM)
Manaus (AM) – Ao menos 10 flutuantes que ficavam no rio Tarumã-Açu foram transportados para a orla do bairro Educandos, segundo o presidente do Instituto de Cidadania e Desenvolvimento Social do Amazonas (ICDSAM), Gil Eanes.
No dia 1º de março, a Justiça do Amazonas demandou à Polícia Militar auxiliar a prefeitura na retirada dos flutuantes do Tarumã-Açu, na Orla de Manaus. Um dia antes, o juiz Moacir Batista deu um prazo de 10 dias para que as estruturas fossem retiradas e desmontadas.
Conforme Gil Eanes, a demora para a retirada está permitindo o deslocamento dos flutuantes – o que pode resultar em transtorno para os moradores do Educandos. No dia 15 de fevereiro, o Instituto encaminhou um ofício para a Vara Especializada do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) alertando para a invasão dos flutuantes no igarapé.
“Os flutuantes não dispõem dos equipamentos de recolhimento de dejetos e resíduos sólidos, que são jogados, IN NATURA, nas águas já poluídas do igarapé de Educados. Além de produzirem poluição ambiental, ainda, produzem poluição visual na frente da cidade de Manaus, prejudicando o turismo”, diz o documento.
Ainda segundo o Instituto, alguns desses flutuantes servem de “vigias”, ancoradouros de lanchas com os tanques abastecido com combustível inflamável, o que pode causar incêndio com prejuízos financeiros, materiais, danos à estrutura da ponte e até mortes. Mas o que mais incomoda é o fato de os flutuantes poluírem o rio.
“Governo investiu 36 milhões para construir a mais moderna estação de tratamento de esgoto no igarapé de Educandos e, agora, no seu entorno, vários flutuantes usam as águas como privada e depósito de resíduos sólidos, o que vem a ser uma grande incoerência”, alega o instituto.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) foi inaugurada em agosto de 2023; tem capacidade para tratar até 300 litros (por segundo) e beneficiar 192 mil pessoas em Manaus.
Infraestrutura
Os moradores reivindicam ações de infraestrutura para melhorar a imagem da frente de Manaus, conhecida como “Amarelinho do Educandos”. Em audiência pública no Ministério Público Estadual, os representantes do instituto pediram apoio para a construção do calçadão, reforma das três calçadas, alambrado, iluminação e mais as escadas que dão acesso à praia.
Nesta sexta-feira (21) está marcada uma reunião com a Secretaria Municipal de Obras (Seminf) que havia se comprometido em fazer os reparos solicitados. Além dos reparos, Gil Eanes cobra a limpeza da praia e retirada de tudo que não for natural.
“Resposta nós tivemos da Seminf, que assumiu, em audiência pública, o compromisso de fazer a reforma e foi dado a ela 15 dias para que a secretaria apresentasse um estudo; mas esse prazo já passou, por isso, vamos retornar com uma reunião”, disse Gil Eanes.
Gil disse, ainda, que os moradores são a favor do Prosamim, tanto na orla do rio, quanto na orla do igarapé do Educandos, pois os barrancos estão caindo e as casas desmoronando.
O Portal AM1 questionou a Seminf sobre a não apresentação do estudo sobre a situação da Orla do Amarelinho, mas não houve resposta até a publicação da matéria.
LEIA MAIS:
- Justiça nega pedido para suspender retirada de flutuantes da orla de Manaus
- Os flutuantes e a invisibilidade da gestão pública da bacia do Tarumã
- Economia e sustentabilidade: os desafios da retirada dos flutuantes do Tarumã-Açu
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
