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Manchete

General do Exército fala em intervenção militar, após Temer ser denunciado

General do Exército fala em intervenção militar, após Temer ser denunciado

(Foto: Reprodução/Internet)

General do Exército Antonio Hamilton Martins Mourão (Foto: Reprodução/Internet)

O general do Exército da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão deu uma declaração polêmica ao dizer que se a crise política não for resolvida é necessária uma intervenção militar, lembrando os tempos do período do golpe de 1964.

A afirmação foi feita em palestra realizada na noite de sexta-feira (15), na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília, após o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar pela segunda vez o presidente Michel Temer por participação em organização criminosa e obstrução de justiça. As informações foram publicadas no site do jornal O Estado de São Paulo.

“Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, disse Mourão em palestra gravada, justificando que “desde o começo da crise o nosso comandante definiu um tripé para a atuação do Exército: legalidade, legitimidade e que o Exército não seja um fator de instabilidade”.

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Ao ser procurado pelo jornal, Mourão explicou, no entanto, que não estava “insuflando nada” ou “pregando intervenção militar” e que a interpretação das suas palavras “é livre”. Ele afirmou que falava em seu nome, não no do Exército.

O general acrescentou ao jornalista: “Não (não é intervenção militar). Isso não é uma revolução. Não é uma tomada de poder. Não existe nada disso. É simplesmente alguém que coloque as coisas em ordem, e diga: atenção, minha gente vamos nos acertar aqui e deixar as coisas de forma que o País consiga andar e não como estamos. Foi isso que disse, mas as pessoas interpretam as coisas cada uma de sua forma. Os grupos que pedem intervenção é que estão fazendo essa onda em torno desse assunto”.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, telefonou para o general Mourão, no sábado (16), para saber o que havia ocorrido. O general, então, explicou o contexto das declarações.

Mais polêmicas

Esta não é a primeira polêmica protagonizada pelo general Mourão, atual secretário de economia e finanças do Exército, cargo para o qual foi transferido, em outubro de 2015, quando perdeu o Comando Militar do Sul, por ter feito duras críticas à classe política e ao governo.

Antes, ele já havia desagradado ao Palácio do Planalto, ao ter atacado indiretamente a então presidente Dilma Rousseff ao ser questionado sobre o impeachment dela e responder que “a mera substituição da PR( presidente da República) não trará mudança significativa no ‘status quo’” e que “a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção”.

Com informações do Estadão Conteúdo