Manaus, AM – Após depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Covid-19, nesta quinta-feira (19), o Governo do Amazonas emitiu nota afirmando que o ex-ministro mentiu ao dizer que a Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) não percebeu a baixa no estoque de oxigênio medicinal, durante a segunda onda da pandemia, em janeiro deste ano, quando a saúde entrou em colapso e diversas pessoas morreram na ocasião.
Em nota, a SES-AM informou que as afirmações de Pazuello são improcedentes e que tão logo foi comunicada pela empresa fornecedora do oxigênio, no caso a White Martins e que o estoque era conferido a cada fim de mês.
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“A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informa que, em nenhum momento no mês de dezembro de 2020, a White Martins relatou a impossibilidade de abastecer a rede estadual de saúde com oxigênio medicinal. Até dezembro de 2020, a SES-AM monitorava a demanda por oxigênio conforme relatório apresentado pela White Martins ao final de cada mês e, até então, a empresa não havia relatado dificuldades para cumprir com o contratado pelo Estado.”
Outro ponto desmentido pela SES-AM foi quanto ao depoimento dado pelo ex-ministro em que ele diz que só foi informado sobre a falta do produto no dia 10 de janeiro. A nota afirma que Pazuello foi comunicado da falta de oxigênio por telefone no mesmo dia em que a fornecedora comunicou dificuldades logísticas no transporte dos cilindros de oxigênio.
“Somente no dia 7 de janeiro de 2021 foi que a White Martins relatou dificuldades logísticas para suprir a demanda de oxigênio da rede. Nesse mesmo dia, o secretário Marcellus Campêlo, ligou para o ministro Eduardo Pazuello para solicitar apoio logístico para o transporte de oxigênio de Belém para Manaus, atendendo o solicitado pela White Martins. A empresa também informou à SES-AM, em reunião, que havia feito um planejamento para suprir a demanda da rede pública e privada de Manaus, diante do aumento na demanda pelo insumo, com o transporte de oxigênio de outras unidades da empresa no Brasil, apresentando inclusive um cronograma de chegada de uma balsa de Belém-PA a cada dois dias.”
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