Manaus, 26 de abril de 2024
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Cenário

Hissa rebate Arthur sobre supersalários: ‘assuma suas responsabilidades’

Hissa Abrahão disse que em muitos casos ele assinava documentos a pedido de Arthur Neto, que não queria se indispor com o secretariado

Hissa rebate Arthur sobre supersalários: ‘assuma suas responsabilidades’

Foto: Divulgação Prefeitura de Manaus

MANAUS, AM – O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), resolveu comentar a decisão do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) que apura a gratificação de servidores públicos da Casa Civil da Prefeitura de Manaus, em 2013, ainda na sua primeira gestão municipal. O tucano disse que Hissa Abrahão era quem assinava os documentos.

A decisão proferida pela promotora Cley Barbosa Martins prevê que Arthur Neto responda por Improbidade Administrativa e devolva o valor de R$ 580.981.

Em artigo publicado em suas redes sociais, o tucano disse desconhecer tais fatos e que não assinou as gratificações para os servidores Alci Ferreira da Silva, Dolores Swamy Souza Melo, Glenda Ramos de Oliveira, Raimunda Moura Santos e Vinicius Lima de Queiroz, na ocasião.

“Recebi uma notificação assinada pela promotora Cley Barbosa Martins, do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), anunciando que eu seria processado por improbidade administrativa, por ter, segundo ela, concedido gratificação de 500% a cinco servidores da Casa Civil da Prefeitura de Manaus. Adianto aos meus conterrâneos e à ilustre promotora: 1 – Não reconheço nenhum desses nomes;2 – Não assinei nenhum desses atos”, escreveu Arthur.

Leia mais: MP pede condenação de Arthur Neto e Lourenço Braga por supergratificações

Embora Neto não mencione o nome de seu ex-vice-prefeito em 2013, Hissa Abrahão, ele é apontado por Arthur, no artigo, como uma das pessoas responsáveis pelas assinaturas do benefício, além do ex-vereador tucano, Sildomar Abtibol.

“Segundo o que levantei, essas vantagens funcionais foram concedidas pelo meu vice-prefeito de então e por um vereador que, em período eleitoral, me substituiu em face de viagem que fiz para fora do Amazonas”, afirmou ele.

Por sua vez, Hissa Abrahão rebateu Arthur Neto e disse ao Portal AM1 que o ex-prefeito precisa assumir suas responsabilidades. Hissa disse, ainda, que o desgaste entre ele e Arthur se deu pelo fato de Arthur não querer deixá-lo trabalhar.

“Em 2013, um dos motivos de ter rompido com ele foi porque eu estava no poder, vendo a possibilidade de resolver os problemas da cidade, mas eu era tolhido, isso era muito inconveniente, poder fazer e ao mesmo tempo não poder, por um simples desejo do prefeito Arthur Neto, na época. O Arthur precisa assumir suas responsabilidades”, comentou Hissa.

Hissa também disse que foi generoso demais e Arthur Neto abusou de sua vontade, falando que, em muitos casos, ele assinava documentos no lugar de Arthur, que não queria se indispor com os exonerados. Abrahão citou um caso em que Arthur lhe pediu para assinar o documento de exoneração de uma secretária municipal.

Quando o ex-parlamentar falou que Arthur precisa assumir suas responsabilidades, ele se referia, inclusive, a Arthur ter possivelmente usado o bem público para tentar livrar seu enteado, Alejandro Valeiko, da prisão, no caso da morte do engenheiro Flávio Soares, morto em 2019.

“Ele usou a estrutura da Prefeitura de Manaus, como motoristas, gasolina e o setor de Comunicação para que seu enteado não fosse preso, ele tem o sangue da vítima em suas mãos, ele é tão assassino quanto o enteado, corre nas mãos do ex-prefeito esse assassinato”, disse Hissa.

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