Manaus, 3 de maio de 2024
×
Manaus, 3 de maio de 2024

Cenário

Hospital Adventista e Bradesco são acusados de cobrança abusiva e negligência

O diretor-presidente da Samel, Luís Alberto Nicolau, apontou negligência e cobrança de preços abusivos para pacientes com Covid-19

Hospital Adventista e Bradesco são acusados de cobrança abusiva e negligência

(Foto: Reprodução)

O diretor-presidente do grupo Samel, Luís Alberto Nicolau, denunciou e fez duras cíticas ao Hospital Adventista de Manaus, que já é alvo de investigação do Procon-AM, e ao Banco Bradesco, na última quinta-feira, 07.

No vídeo, divulgado no Facebook, Nicolau afirmou que o Hospital Adventista estaria cobrando preços abusivos para tratar pacientes com a Covid-19.

“O que é pior que eles são filantrópicos, deixam de recolher para a União e para o estado mais de R$ 50 milhões por ano, então era para estarem fazendo filantropia, caridade”, disse.

Além disso, o diretor-presidente do grupo Samel acusou o Banco Bradesco de negar atendimento para funcionários com planos de saúde, e de pedir ao grupo hospitalar para encaminhar pacientes a outras unidades de saúde, inclusive públicas, com a justificativa de que iria ressarcir os custos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Saiba mais em:

Planos de saúde suspendem suspendem serviços e novas adesões na pandemia

“Banco Bradesco vocês estão usando o hospital de campanha, o hospital de campanha deu ontem alta para gerente de sua agência e eu estou falando isso aqui e eu tenho provas, porque a gente já atendeu clientes de vocês. Vocês estão tirando vaga de uma pessoa pobre”, denunciou.

Alberto Nicolau sugeriu, ainda, que a instituição bancária procure a Samel e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto,  para ressarcir os atendimentos de funcionários realizado no hospital de Campanha Municipal, que também é mantido pela Samel.

O Portal AM1 entrou em contato com o Banco Bradesco pelo e-mail [email protected], mas até o momento da publicação da matéria, não teve resposta.

Investigação

O Hospital Adventista de Manaus está sendo investigado pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) e pelo Instituto Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-AM).

O Procon-AM notificou a instituição na última terça-feira, 05, após denúncias de aumento nos valores dos serviços oferecidos na unidade.

O hospital teve dois dias para apresentar justificativa junto ao órgão.

Segundo o Procon-AM foram registradas diversas reclamações sobre aumento nos preços de consultas médicas e internações em leitos de CTIs e UTIs, que têm tido alta procura com a pandemia do novo coronavírus.

Veja também:

Conheça a cápsula criada no AM que evita a contaminação de médicos

O hospital ficou obrigado a apresentar o histórico dos valores desses serviços, além das notas fiscais de aquisição de insumos.

A documentação solicitada é referente ao período entre 1º de março e 5 de abril deste ano.

Como a sede do órgão está com atendimentos presenciais suspensos, os itens devem ser encaminhados por e-mail.

Resposta

Em nota divulgada nessa última sexta-feira, 8, o hospital respondeu que lamenta as denúncias e acusou grupos de tentarem prejudicar a imagem da instituição, “de forma caluniosa e irresponsável”.

Além disso, a instituição afirmou que já prestou conta de todos os documentos solicitados ao Procon-AM, e buscará auxílio na esfera judicial para garantir sua credibilidade e comprovar sua idoneidade.

“Reafirmamos, conforme já exposto em declaração pública anterior, que apresentamos todos os documentos solicitados pelo Procon. Em nenhum momento, houve qualquer mudança de valores, tendo como base os atendimentos anteriores à pandemia e os realizados já durante o período agudo da doença”, afirmou em nota. 

Veja também: Amazonas passa a ter 10. 727 casos confirmados de Covid-19