Manaus, 11 de maio de 2024
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Cenário

Hospital de Campanha da Nilton Lins pode ser reativado em Manaus, diz David Almeida

David Almeida afirma que está negociando com o Governo do Amazonas a reativação da unidade hospitalar

Hospital de Campanha da Nilton Lins pode ser reativado em Manaus, diz David Almeida

Foto: Reprodução

O prefeito eleito David Almeida, (Avante), está negociando com o Governo do Estado do Amazonas e com o Instituto Transire a remontagem do Hospital de Campanha da Nilton Lins. O objetivo é ampliar o número de leitos para atender os casos de covid-19 em Manaus, assim como ocorreu no pico da pandemia.

A afirmação de David Almeida foi durante entrevista concedida para a Rede Amazônica, nesta segunda-feira (28).

“A Nilton Lins é uma boa opção, ela está sendo credenciada pela tabela SUS. Conversei com o secretário de Saúde (do Estado), agora pela manhã. A nossa (futura) secretária de Saúde também conversou. A empresa Transire vai disponibilizar todo o material que ela adquiriu no hospital de campanha da prefeitura que foi implementado no Gilberto Novaes, e nós vamos então requisitar esse material na Nilton Lins para que possamos abrir mais vagas para atendimento da população aqui na cidade de Manaus em relação da pandemia da covid-19”, afirmou David Almeida.

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A previsão é que o hospital de campanha, administrado de forma conjunta pelo governo e prefeitura, volte a funcionar a partir do dia 1º de janeiro, logo após a posse de David Almeida como prefeito de Manaus.

Hospital de Combate à Covid-19

O complexo hospitalar da rede Nilton Lins funcionou como Hospital de Combate à Covid-19 entre abril a julho deste ano. Logo após ser desativado, com a redução dos casos em Manaus, os equipamentos do hospital foram distribuídos para unidades da rede de saúde pública.

Em paralelo, a Prefeitura de Manaus instalou o hospital de campanha Gilberto Novaes, improvisado em uma escola municipal no Lago Azul. O Grupo Samel e o Instituto Transire doaram equipamentos para o funcionamento da unidade.

Saúde em alerta

O sistema de saúde da rede pública e privada na capital está próximo de entrar em colapso com a alta taxa de ocupação. Hospitais privados como o Santa Júlia e Adventista informaram que estão com 100% dos leitos ocupados por pacientes em tratamento da covid-19.

Na rede pública, o Estado tenta ampliar o número de leitos por meio de parcerias com o HSP Beneficente Português e com o Hospital Getúlio Vargas, além de tornar o Platão Araújo uma porta de entrada para pacientes com covid-19.

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Atualmente, quase 90% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública estadual em Manaus estão ocupadas.

O Amazonas conta possui 5.190 mortes causadas pela covid-19 até este domingo (27), tendo um total de 196.736 infectados.

Entre os casos confirmados ativos, há 645 pacientes internados, sendo 392 em leitos (107 na rede privada e 285 na rede pública); 245 em UTI (88 na rede privada e 157 na rede pública) e oito em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves.

Há, ainda, outros 147 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 101 estão em leitos clínicos (55 na rede privada e 46 na rede pública), 40 estão em UTI (23 na rede privada e 17 na rede pública) e seis em sala vermelha.