Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Cidades

Amazonas é um dos estados com menor expectativa de vida

O estado ocupa o 6º lugar com o maior número de mortalidade infantil, e a terceira e quarta mais baixas para os indivíduos de 60 e 65 anos

Amazonas é um dos estados com menor expectativa de vida

Foram divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados da projeção oficial de mortalidade 2018 e de expectativa de vida. No Amazonas, os números de mortalidade infantil diminuíram e o de expectativa de vida ao nascer teve aumento no estado. Porém, a projeção 2018 revela que o Amazonas ocupa a sexta posição entre as Unidades da Federação com maior número de mortalidade infantil. Para os indivíduos de 60 e 65 anos, a expectativa de vida no Amazonas é, respectivamente, a terceira e quarta mais baixas entre os Estados brasileiros: 20,6 e 17 anos.

No estado, houve uma queda nos níveis de mortalidade infantil, em relação ao ano anterior: caindo de 17,7 para 17,2 (a cada mil) os óbitos de nascidos antes de um ano de idade. Já a expectativa de vida ao nascer aumentou de de 72,1 para 72,4 anos. Essa diminuição da mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida é, no entanto, uma tendência nacional. No Brasil, em 2017, a taxa de mortalidade infantil era de 12,8, decrescendo para 12,4 óbitos, e a expectativa de vida aumentou de 76 para 76,3 anos de idade.

A Tábua de Mortalidade 2018 refere-se à projeção oficial da população do Brasil para o período 2010-2060, e permite que se conheçam os níveis e padrões de mortalidade da população brasileira, tendo sido utilizada como um dos parâmetros necessários na determinação do chamado fator previdenciário para o cálculo dos valores relativos às aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.

 

Mortalidade infantil no Amazonas

 No Amazonas, a taxa de mortalidade infantil foi 17,2 para cada 1000 recém-nascidos. A mortalidade das crianças menores de um ano é um importante indicador da condição socioeconômica de uma região, e com essa taxa, o Amazonas ocupa a sexta colocação entre os Estados com maior número de mortalidade infantil, ficando atrás do Amapá (22,8), Maranhão (19,4), Rondônia (19,2), Piauí (18,0) e Alagoas (17,3). O Brasil apresentou uma taxa de 12,4 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos.

Esperança de vida ao nascer

Um indicador que reflete o nível da mortalidade de uma população como um todo é a expectativa ou esperança de vida ao nascer, pois um recém-nascido pode sofrer riscos de morte em todas as fases da vida.

Para ambos os sexos, o Brasil apresentou uma esperança de vida ao nascer de 76,3 anos. Esse indicador no Estado do Amazonas ficou em 72,4, ocupando a 6ª posição dentre as menores expectativas de vida do Brasil.

 

Vida adulta

Já a expectativa de vida de homens e mulheres para o Estado do Amazonas ficou em 69,1 e 76 anos, respectivamente. Seguindo a tendência nacional e estaduais, esse indicador para os homens foi sempre menor do que para as mulheres em seus respectivos territórios; contudo a expectativa de vida dos homens de Santa Catarina (76,4 anos), a maior do Brasil, é superior à das mulheres do Amazonas (76 anos) e de outros quatro Estados: Roraima, Maranhão, Rondônia e Piauí.

 

População idosa 

Considerando 60 ou 65 anos a idade a partir da qual podemos definir os indivíduos como idosos, o Amazonas apresentou uma esperança de vida de 20,6 anos para aqueles que possuíam 60 anos, e 17 anos para quem tinha 65 anos de idade, em 2018. A esperança de vida para as pessoas de 60 e 65 anos coloca o Amazonas como, respectivamente, terceira e quarta expectativas mais baixas entre as unidades da federação do Brasil. De acordo com os dados da pesquisa, no Amazonas, o tempo médio que viverá um indivíduo ao completar 65 anos é 82 anos; 80,6 os homens e 83,5, as mulheres.

O Amazonas ocupa uma das posições mais baixas, entre as unidades da federação, também no que se refere à expectativa de sobrevivência entre os 60 a 80 anos de idade: é a sétima probabilidade mais baixa entre a sobrevivência de homens (460 a cada mil); e a quinta mais baixa entre as mulheres (593 a cada mil mulheres de 60 anos chegam aos 80 anos de idade). As maiores probabilidades de sobrevivência são do Espírito Santo, Estado onde 576 homens e 719 mulheres de 60 anos (a cada mil) chegam aos 80 anos.

 

(*) Com informações da assessoria