Foto: Divulgação| Montagem
Manaus (AM) – Os produtos dos setores de informática e do polo de duas rodas, que são fabricados em Manaus, correm sério risco de não serem produzidos mais na Zona Franca de Manaus. Quem diz isso é o deputado Marcelo Ramos (PSD), que enviou um vídeo ao Portal AM1, no qual ele revela que nos bastidores da Câmara dos Deputados vazou uma conversa em que o governo federal não tem interesse em editar o texto do novo decreto do IPI.
“Se ele mantiver a redução de bens de informática e de moto, ele dá um tiro no peito e no coração da Zona Franca. Porque são dois dos polos mais relevantes, que mais geram emprego, e que têm a indústria mais verticalizada. Portanto, a maior cadeia produtiva e maior geração de emprego e de riqueza”, explicou o parlamentar.
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Bolsonaro assinou o novo decreto, que não depende de aprovação do Congresso Nacional, no dia 1º de abril, em que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) continuará com corte de 25%, pelos próximos 30 dias, sendo que havia prometido aos parlamentares da bancada do Amazonas e também para o governador do Estado, Wilson Lima, que para preservar a principal vantagem dos produtos produzidos na Zona Franca de Manaus, a alíquota diferencial do IPI seria mantida.
Com isso, o Amazonas estaria em pé de igualdade e competitividade com os demais Estados brasileiros, que não têm problemas de logística, uma vez que o transporte para o Amazonas é feito por meio aquaviário, o que dificulta a entrada e saída de mercadorias.
A Zona Franca de Manaus foi criada com o objetivo de atrair fábricas e promover uma maior integração territorial na Região Norte. E o papel dela é estimular a ocupação do território da Região Norte, atraindo empresas por meio de isenções e incentivos fiscais, bem como estimular o comércio entre as regiões do Brasil.
Ao não publicar um novo decreto de redução do IPI excluindo os produtos da ZFM, como havia acordado com lideranças políticas e empresariais, e prorrogar o decreto anterior, Bolsonaro deixa a população apreensiva e sem confiança no futuro.
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Ao todo, o Distrito Industrial de Manaus emprega cerca de 100 mil trabalhadores.
Devido à liberação do Imposto de Importação, as empresas se livram do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na hora da venda, e pagam menos ICMS e Pis/Cofins em relação a outras regiões. Tudo isso atrai empresas para o Estado.
Os parlamentares, no entanto, tentam, nesses próximos 24 dias, persuadir o governo federal para rever o texto e fazer as alterações necessárias.
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