Manaus, 10 de fevereiro de 2025
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Manaus, 10 de fevereiro de 2025

Cidades

Justiça do AM inicia julgamento de acusados da tentativa de homicídio contra criança de 4 anos

Pai e madrasta foram denunciados pelo Ministério Público pelas agressões que deixaram sequela neurológica grave na criança que hoje vive restrita ao leito.

Justiça do AM inicia julgamento de acusados da tentativa de homicídio contra criança de 4 anos

(Foto: Raphael Alves/TJAM)

Manaus (AM) – A Justiça do Amazonas iniciou nessa terça-feira (10) a sessão de julgamento da ação, que tem como réus Beatriz Rodrigues Matos e Clayton Augusto Souza do Carmo, madrasta e pai de uma criança de 4 anos, acusados de tentativa de homicídio contra o menor.

Respectivamente, madrasta e pai do menino, foram denunciados pelo Ministério Público pelas agressões que deixaram sequela neurológica grave na criança, que hoje vive restrita ao leito, traqueostomizada e usando sonda nasoentérica para se alimentar e se hidratar, conforme laudos médicos constantes dos autos.

Conforme a decisão que determinou a submissão dos dois acusados a um júri popular, além da tentativa de homicídio, os jurados também deverão analisar se ambos são culpados pelo crime de tortura contra duas crianças. Além do menor de 4 anos, o irmão de 6 anos também foi vítima, conforme denúncia do MP.

Eles passavam períodos na residência do casal em razão da guarda compartilhada com a mãe dos meninos, ex-mulher de Clayton. Os fatos vieram à tona em 2022, quando a criança de 6 anos foi atendida em estado gravíssimo em uma unidade de saúde.

A defesa, na fase de instrução, pediu a absolvição ou a impronúncia dos réus, alegando que a tentativa de homicídio carece de dolo específico para imputação, e de forma subsidiária, a desclassificação para o delito de maus-tratos.

Plenário

Realizado no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, o júri popular ocorre sob a presidência do juiz André Luiz Muquy. O promotor de Justiça Márcio Pereira de Melo atua pelo Ministério Público. A defesa é composta pelos advogados Elzu Sousa Alves e Orlando Patrício de Sousa.

Os trabalhos em Plenário iniciaram com o sorteio dos jurados — que ficou composto por dois homens e cinco mulheres —, e em seguida, iniciou a oitiva das testemunhas arroladas pela acusação. Uma médica e uma enfermeira que atenderam a criança de 4 anos no pronto-socorro e a uma médica legista foram as primeiras a responder às perguntas.

Os réus, que respondem ao processo em prisão preventiva, estiveram presentes em plenário para serem interrogados após as testemunhas em um julgamento sem previsão para o término.

 

(*) Com informações do TJAM

 

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