Manaus, 21 de maio de 2024
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Manaus, 21 de maio de 2024

Política

Justiça rejeita pedido de recurso de Eduardo Bolsonaro contra youtuber

Em de 2021 a Justiça de São Paulo já havia julgado o caso, em primeira instância, rejeitando o pedido de indenização do filho 'zero três', Eduardo Bolsonaro

Justiça rejeita pedido de recurso de Eduardo Bolsonaro contra youtuber

Eduardo Bolsonaro teve pedido de recurso negado, mas ainda pode recorrer (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rejeitou o recurso apresentado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pedia R$ 5 mil em uma ação de indenização por danos morais aberta contra o youtuber MarquesZero por um post publicado em maio de 2020 no qual ele dizia querer a morte dos Bolsonaros.

Essa é a segunda decisão judicial em favor de Henrique Marques de Almeida – nome verdadeiro do youtuber. Em novembro de 2021, a Justiça paulista já havia julgado o caso, em primeira instância, rejeitando o pedido de indenização do filho “zero três” do ex-presidente Jair Bolsonaro. O recurso negado, ontem, era um direito de Eduardo.

Intenção humorística

O desembargador Vitor Kümpel, que negou o pedido de indenização, caracterizou o tuíte do youtuber como de “intenção humorística”. “Não houve insulto pessoal nem ameaça de natureza mortal”, enfatizou Kümpel na decisão. O magistrado ainda ressaltou que a liberdade de expressão é uma garantia constitucional.

No julgamento de 2021, MarquesZero se defendeu dizendo: “O tuíte é carregado de ironia e se deu em um contexto de crítica à figura do parlamentar, cuja atuação truculenta em defesa da ditadura e do autoritarismo suscita forte repulsa no requerente e em grande parcela da sociedade”, declarou sua defesa no processo. “O fato é que a publicação não teve qualquer outra intenção a não ser a de criticar o parlamentar.”

A argumentação foi aceita pelo juiz Anderson Fabrício da Cruz – que afirmou na sentença: “Pessoas públicas como o autor [do processo], especialmente aquelas ocupantes de cargos públicos de natureza representativa, estão sujeitas a críticas e a um escrutínio mais severo dos demais cidadãos.”

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