Moradores do Monte Horebe vão à Aleam em busca de apoio (Divulgação)
Em ato de reivindicação contra a reintegração de posse que aconteceu nessa segunda-feira, 2, na invasão Monte Horebe, na zona Norte de Manaus, cerca de 150 moradores do local foram à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) na manhã desta quinta-feira, 5, para tentar encontrar apoio dos deputados da Casa.
Cerca de 150 pessoas estiveram no ato (Divulgação)
Com cartazes escritos “não queremos dinheiro, queremos nossas casas” e “não frustre nossos sonhos”, a população esteve na galeria do Plenário Ruy Araújo e conversou com os parlamentares pedindo que a Comissão de Direitos Humanos da Aleam atue junto ao Governo do Estado, intermediando a atual situação deles.
Segundo a assessoria da Assembleia, foi informado aos moradores que a Comissão já está trabalhando e buscando por soluções eficazes. Um grupo, formado por cinco pessoas, participou de reunião com os deputados, que prometeram verificar os relatos dos moradores, que não quiseram se identificar.
De acordo com a vice-presidente da Casa, deputada Alessandra Campelo (MDB), a Defensoria Pública do Estado (DPE) está acompanhando os procedimentos e adiantou que a Comissão da Mulher, das famílias e dos idosos da Aleam vai verificar se os procedimentos legais e humanitários estão sendo cumpridos.
A ocupação
As ações de desocupação na invasão acontecem desde segunda-feira, 2. Mais de 700 homens das forças de segurança pública do Amazonas participaram do ato de reintegração no Monte Horebe, considerado uma ocupação irregular.
Até essa quarta-feira, 4, um total de 1.803 famílias foram atendidas pela equipe social. Dessas, 709 assinaram o termo de acordo e formalizaram os acordos que asseguram o pagamento do auxílio-aluguel de R$ 600 até a adoção definitiva da solução de moradia.
Veja também: Primeiro dia de operação Monte Horebe é marcado por reivindicações
De acordo com o anúncio do governador do Amazonas, Wilson Lima, na área da invasão também será construído um complexo de segurança pública e o Governo também vai manter o aparato de segurança no Monte Horebe, durante todo o processo de desocupação da área.
O cadastro das famílias está sendo feito no Colégio Militar da Polícia Militar VI (CMPM VI), no Residencial Viver Melhor, e conta com atendimento diferenciado para grupos em vulnerabilidade.
Conforme a secretária de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Caroline Braz, a desocupação do Monte Horebe tem uma ‘missão social’ como prioridade, para que as famílias não sejam desalojadas sem uma contrapartida do Estado, como costumava acontecer.
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