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Cenário

Moro comenta massacre no AM e alfineta governo: ‘descontrole estatal’

Em Portugal, o ministro da Justiça criticou o governo do Estado pelas mortes nos presídios de Manaus, e fez outras observações.

Moro comenta massacre no AM e alfineta governo: ‘descontrole estatal’

Curitiba- PR- Brasil- 24/10/2016- O o juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, durante sessão especial na Assembléia Legislativa do Paraná (ALEP). Foto: Pedro de Oliveira/ ALEP

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, alfinetou a gestão estadual ao comentar sobre o massacre nos presídios do Amazonas. Moro está em Lisboa para um evento sobre o combate à corrupção, mas disse estar acompanhando a crise no sistema prisional do Estado. A declaração do ministro foi dada em entrevista ao portal e jornal O Globo.

Para Moro, a chacina com 55 mortos, foi ocasionada pela falta de controle do Estado. “A informação que nós temos, é de que houve um conflito entre facções criminosas, dentro dos presídios. Isso pode acontecer, em qualquer lugar do mundo. Não deveria. Nós temos a obrigação de tentar controlar esses casos específicos”, criticou. “Ali, resulta praticamente do fato de um certo descontrole do poder estatal em relação a essas prisões”, complementou o ministro. 

A pedido do governador Wilson Lima (PSC), o Ministério da Justiça autorizou a transferência dos líderes do massacre e enviou membros da Força de Intervenção Penitenciária para ampliar a segurança nas unidades prisionais de Manaus. A solicitação do governador foi feita na última segunda-feira, 27, quando em menos de 48 horas, o Estado registrou 55 mortes no sistema prisional do Estado.

Carnificina

Outra personalidade política do país que comentou o massacre em Manaus foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele disse que a luta contra a criminalidade não pode rejeitar os esforços pela promoção da dignidade humana no sistema penitenciário. Maia chamou a morte dos 55 presos nos presídios de “carnificina”, e que a sociedade não pode mais admitir “espetáculos grotescos e desumanos” como o que ocorreu nesta semana.

 

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