Manaus, 17 de maio de 2024
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Cenário

Municípios em situação de alerta e emergência estão isentos de pagar por ‘Prato Cheio’

A isenção passa a valer nos municípios de Manacapuru, Autazes, Itacoatiara, Tefé, Parintins, Barreirinha, Humaitá, Manicoré, Carauari, Boca do Acre, Novo Airão, Tapauá, Nhamundá, Pauini, Eirunepé e Iranduba.  

Municípios em situação de alerta e emergência estão isentos de pagar por ‘Prato Cheio’

Prato Cheio (Fotos: Arthur Castro/Secom)

Manaus (AM)A isenção do “Prato Cheio” passa a valer a partir desta semana em todos os municípios do Estado afetados pela seca e que estão em situação de alerta e de emergência. A medida faz parte do pacote de ações anunciadas pelo Governo do Amazonas para minimizar os efeitos estiagem.

A estiagem deste ano chegou mais cedo e a previsão para acabar, segundo especialistas, deve acontecer tardiamente. Muitos municípios estão buscando ajuda humanitária emergenciais para conter os efeitos dela, junto ao governo federal, mesmo após o governador do Amazonas já ter traçado estratégias com o presidente Lula para levar insumos aos afetados.

Na última sexta-feira (29), Lima decretou situação de emergência em todo o Amazonas em virtude e anunciou outras medidas para reforçar as ações do governo, que já estão em andamento. O decreto é válido por 180 dias e abrange 55 municípios.

Entre as ações, alimentação e água potável são os problemas mais graves a serem resolvidos pelo governador. Com isso, o chefe do Executivo Estadual autorizou a entrega de alimentos que seriam usados na alimentação escolar para os alunos na zona rural.

A “Merenda em Casa”, como foi denominada a iniciativa, ajudará as famílias a passarem pelo período seco sem enfrentarem a vulnerabilidade alimentar. Já são mais de 2 mil alunos afetados até o momento.

Quais municípios estão inclusos na isenção do Prato Cheio?

Ao todo, segundo o governo estadual, 16 municípios que decretaram situação de alerta e emergência e possuem o Programa Prato Cheio receberão a isenção do valor, beneficiando mais de 200 mil pessoas.

A isenção passa a valer nos municípios de Manacapuru, Autazes, Itacoatiara, Tefé, Parintins, Barreirinha, Humaitá, Manicoré, Carauari, Boca do Acre, Novo Airão, Tapauá, Nhamundá, Pauini, Eirunepé e Iranduba.

Com o avanço da seca em todo o Amazonas, o transporte de cargas é afetado. 90% das 136 embarcações que atuam nas 116 linhas no estado operam com algum tipo de restrição, implicando no transporte de 50% da capacidade de cargas e apenas 45% do total de passageiros. Dos 62 municípios, 59 dependem do transporte hidroviário.

Em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), o transporte de cargas ainda consegue chegar por meio da rodovia AM-070. No entanto, muitas pessoas chegam por meio de transporte hidroviário até o município, vindas de comunidades próximas. Para o supervisor da unidade do Prato Cheio de Manacapuru, Müller Pereira, são essas pessoas que demandam mais atenção.

“Essa é a importância de um programa como esse. Muitas vezes, as pessoas deixam de se alimentar em sua comunidade por causa da dificuldade que a estiagem causa, mas quando chegam aqui no município também não tem recurso financeiro. A decisão do governador Wilson Lima foi muito importante”, destacou o supervisor.

Cenário atual da estiagem 

Segundo levantamento da Defesa Civil do Amazonas, divulgado nesta terça-feira (3), 24 municípios das calhas do Alto Solimões, Baixo Solimões, Juruá, Médio Solimões, Purus, Negro, Baixo Amazonas e Madeira estão em situação de emergência, afetando 174,7 mil pessoas; outras 34 cidades estão em alerta; e duas em atenção. A previsão é que, devido à influência do fenômeno El Niño, a estiagem afete mais de 50 municípios e 500 mil pessoas.

 

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