Manaus, 2 de maio de 2024
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Cenário

Na Aleam, deputadas se reúnem com Yara Lins e garantem apurar denúncia contra Moutinho

Na manhã desta sexta-feira (6) Yara Lins denunciou o colega Ari Moutinho por ameaças e ofensas proferidas contra ela.

Na Aleam, deputadas se reúnem com Yara Lins e garantem apurar denúncia contra Moutinho

Reunião na Aleam com Procuradoria de Mulher (Foto Divulgação/Joana Darc))

Manaus (AM) – Na tarde desta sexta-feira (6), as deputadas Alessandra Campêlo (Pode), Joana Darc (UB) e Débora Menezes (PL) receberam a presidente eleita do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), a conselheira Yara Lins, após a denúncia de ameaças recebidas pelo conselheiro Ari Moutinho. As parlamentares repudiaram os ataques, se solidarizaram e afirmaram que a Casa apurará a denúncia.

A conselheira Yara Lins formalizou a denúncia na Delegacia-Geral da Polícia Civil, ainda na manhã de hoje, contra o colega Ari Moutinho. Segundo ela, na última terça-feira (3), antes da sessão do Tribunal, Ari Moutinho teria ofendido a conselheira com palavras de baixo calão, como “vadia” e “puta”, além de ameaçar prejudicá-la.

Diante do caso, a conselheira obteve apoio da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), presidida por Campêlo. A deputada se manifestou em suas redes sociais que a Procuradoria acompanhará de perto o caso.

“Solicitou apoio da Procuradoria da Mulher na apuração das denúncias de agressões machistas contra ela. Estamos dando apoio à conselheira e vamos acompanhar mais esse caso”, destacou a deputada.

Inaceitável

Por sua vez, Joana Darc repudiou as violências sofridas por Yara, destacando que, quando uma mulher é agredida, todas sofrem. Membro e autora da resolução que criou a Procuradoria da Casa, Joana disse ser “inaceitável” o ocorrido, comprometendo-se a buscar respostas para que a atitude misógina do conselheiro não fique impune.

“Precisamos ser resistentes e fazer valer todo nosso apoio. É inaceitável que ainda existam pessoas que não tenham a noção da palavra respeito. Desrespeitar uma mulher é algo vergonhoso, de quem quer que a agrida […]. Me solidarizo e afirmo que estamos buscando respostas para que esta atitude misógina não fique sem uma punição”, afirmou.

Manifestações

Também por meio das redes sociais, as deputadas Dra. Mayara Pinheiro (Republicanos) e Mayra Dias (Avante) se manifestaram sobre as denúncias.

“Não podemos e não vamos mais aceitar qualquer ação que atente contra a dignidade de uma mulher no seu ambiente de trabalho. Violência psicológica, moral e verbal contra mulheres também precisam ser combatidas. BASTA”, escreveu Dra. Mayara.

Apesar de não estar na Aleam, por cumprir agenda fora da Casa, Mayra Dias postou uma nota na qual destaca que espera que a “justiça seja feita”. E dessa forma, como as demais deputadas, se solidarizou com a conselheira.

“Nenhuma mulher merece passar por nenhum tipo de agressão, seja ela psicológica física verbal ou moral, esse tipo de atitude contra mulher não tem lugar em nenhum ambiente”, disse.

Denúncias

Yara contou em coletiva de impressa que o crime teria ocorrido na última terça-feira (3), dia em que ocorreu a votação que a elegeu como nova presidente do órgão.

Na ocasião, segundo Yara, antes da votação, foi cumprimentar Ari, mas recebeu uma negativa dele. Ele a chamou de safada [sic] e outros palavrões, além de ter passado as mãos no rosto dela.

Além disso, Yara Lins disse que Ari a ameaçou dizendo que iria a usar sua influência junto ao Ministério Público e outros órgãos federais como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para prejudicá-la.

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