Líder do prefeito David Almeida, vereador Fransuá (Foto: Rovbervaldo Rocha/CMM)
MANAUS – A eleição que definiu o vereador Caio André (PSC) como presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (05), causou abalos na base do prefeito David Almeida (Avante). Apesar das divergências, o líder do prefeito na Casa, vereador Fransuá (PV), garante que não há crise e já avalia os próximos passos.
“Não vejo grande dificuldade em relação a essa recomposição da base, diante daquilo que é importante para Manaus. Nós precisamos continuar votando matérias, pautas importantes para a cidade. Nós vamos tentar fazer com que o grupo esteja unido e harmonioso “, afirmou ao Portal AM1.
“A gente vai conversar, já falei com o ex-líder do prefeito, vereador Marcelo Serafim, a pessoa com quem eu tenho profundo respeito, e nós vamos agora aparar algumas arestas, se tiver alguma insatisfação, alguma situação que precisa, é claro, vai ser corrigida. Isso é sanável e a gente vai construir a harmonia da base nesse sentido”, acrescentou.
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Segundo o vereador, a disputa na Câmara seguiu a “dinâmica do processo legislativo e político”. Ele ainda disse compreender caso o número de vereadores de oposição cresça no próximo biênio.
“Não vejo como algo muito diferente que, após esse processo, alguns vereadores que eram da base virem oposição ou alguns que eram oposição passem a agregar a base. As conversas, a cordialidade, vão continuar”, garantiu.
Desconfiança
Na votação desta segunda-feira, vereadores aliados do prefeito dividiram seus votos entre Caio André (PSC) e Elan Alencar (PROS). O prefeito se manteve neutro na disputa, mas o líder do prefeito, que votou em Elan Alencar, chegou a questionar as motivaçoes da candidatura de Caio André dias atrás.
Fransuá disse que alguns vereadores, com o objetivo de serem mais independentes, poderiam estar sendo manipulados por “forças externas” à Câmara, dando a entender que a candidatura de Caio André poderia estar sendo articulada como oposição.
Questionado pela reportagem sobre quem ele se referia, o vereador, mais uma vez, não citou nomes.
“Eu não participei de reuniões onde isso foi tratado, então não posso especificar que forças foram essas. O que a gente ouvia durante o processo é que existiam outros agentes, que eu não posso nominar, porque eu não estava presente. Se isso for verdade, eu torço para que não seja, isso não é bom para o parlamento, nós devemos manter a nossa independência e a nossa harmonia”, respondeu.
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Apesar da desconfiança, o líder do prefeito elogiou o novo presidente e não reconheceu a nova administração como oposição.
“O vereador ganhou com muita propriedade, com muita competência, é querido por todos, é alguém que tem a admiração de todos da base. […] Não vi tantos discursos contrários ao prefeito durante o processo, acredito que não é esse o foco do vereador Caio, não é a oposição”, concluiu.
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