Brasília (DF) – Há um ano o Brasil presenciou atos de invasão e vandalismo aos prédios dos Três Poderes em Brasília, quando milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), inconformados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência, destruíram bens públicos e deixaram prejuízos aos cofres públicos de R$ 23 milhões.
Um ano após o episódio, o cenário é de mais de 2 mil detidos, 66 presos e 30 condenações. O Portal AM1 foi às ruas de Manaus para saber a opinião da população sobre as ações ocorridas, sobre o processo de investigação e condenações.
Das oitos pessoas ouvidas pela nossa equipe, metade se disse a favor das punições, enquanto a outra metade disse haver exagero nas decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na condição do ministro Alexandre de Moraes, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para a estudante Rania de Oliveira, as condenações soam como “pesadas” e deveriam ter sido mais leves aos réus, pois ao invadir as sedes de governo em Brasília, “o povo estava dando a sua opinião”.
“As condenações, eles têm pegado muito pesado com o povo, porque o povo estava dando uma opinião, por isso acredito que as penas deveriam ter sido mais leves”, afirmou a estudante.
Já para o aposentado Gilsen, as condenações são “um verdadeiro absurdo”, especificamente sobre como estão sendo conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O idoso também criticou o processo de investigação do ocorrido.
“Referente às condenações, eu acho um verdadeiro absurdo, a forma como são conduzidas as investigações, principalmente, quando uma pessoa só faz tudo. Então, por isso, é um absurdo”, finalizou.
Quem concordou com a afirmação foi o estudante universitário Jhonatan Nascimento. Ele afirma que as condenações dos réus pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, “passou um pouco do limite”. “A maneira que o ministro decidiu sobre as pessoas, acho que passou um pouco do limite”, disse.
Questionado sobre o assunto, o segurança particular Jhon afirmou, categoricamente, que tais atos foram cometidos pela ala partidária do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Essa confusão começou com a turma do Bolsonaro, não foi com a turma do PT não, e outra, eles estão querendo encontrar um bode expiatório”, afirmou ao Portal AM1.
Para a professora Arlene Santos, os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro simbolizam a resistência e inconformidade com a opinião e decisão pública. “Era para que todos raciocinassem de uma forma mais coerente, se conformassem com as opiniões públicas e os direitos civis de cada um. Cabia ao povo aceitar e não desonrar o que já estava feito”, disse.
Quando questionado sobre o fato, o autônomo Erivan Santos, afirmou que os atos golpistas são comparados com a política brasileira e são um verdadeiro caos.
“Aquilo ali não passou de uma anarquia. Não é dessa forma que se resolve os problemas da política brasileira, essa é a minha opinião baseada nos fatos, na mídia e no que eu acompanho”, finalizou Erivan.
As opiniões podem ser consideradas bem divididas, mas algumas repostas sobre o caso, só serão respondidas quando as investigações forem encerradas e as decisões das autoridades competentes foram publicadas.
Até lá, ficamos com mais um registo histórico para esta nação.
Ações
Nessa segunda, os chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, estão reunidos no Salão Negro do Congresso, com ao menos 13 governadores da federação para relembrar os atos golpistas. O governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), não compareceu ao evento, pois está cumprindo agenda internacional na China, onde busca parcerias para o estado.
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