Os oitos deputados federais do Amazonas que disputam as eleições deste ano totalizam, juntos, um patrimônio de R$ 10.663.960,57, segundo as declarações de bens entregues pelos próprios pré-candidatos à Justiça Eleitoral.
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Desse total, as maiores cifras ficam por conta dos deputados federais Silas Câmara (Republicanos), com bens avaliados em R$ 3,5 milhões; Átila Lins (PSD), com patrimônio de R$ 3,1 milhões; José Ricardo (PT), que diz ter R$ 1,3 milhão em bens; e o ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD), que declarou ter R$ 1,1 milhão em bens.
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Chama atenção a declaração de bens do deputado federal Silas Câmara. Os R$ 3,5 milhões estão distribuídos em quatro itens: um prédio comercial, de R$ 100mil; quotas ou quinhões de capital, de R$ 1.650.000,00; outros bens e direitos, no valor de R$ 300 mil; e, novamente, outros bens e direitos, de R$ 1,5 milhão. Pela declaração de bens, o deputado não tem residência própria ou, até mesmo, um veículo.
É exatamente o contrário do declarado à Justiça Eleitoral pelo deputado Átila Lins, que figura em 2º entre os parlamentares do Amazonas na Câmara dos Deputados entre os que têm mais bens. Os R$ 3,1 milhões declarados pelo deputado estão divididos em um apartamento de R$ 1.747.872,58; uma casa, no valor de R$ 800 mil e outro apartamento avaliado em R$ 550 mil. O deputado disse ter, ainda, depósitos bancários, duas cadernetas de poupança, um veículo avaliado em R$ 80 mil e fundos.
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Evolução patrimonial
Ao longo dos quatro anos de mandato representando o Amazonas na Câmara dos Deputados, em Brasília, cinco deputados federais vivenciaram um crescimento em seus bens.
Os campeões proporcionalmente são os deputados capitão Alberto Neto (PL) e Delegado Pablo (União), que em 2018 sequer tinham bens para declarar à Justiça Eleitoral e, em 2022, em busca da reeleição, acumulam bens que representam, respectivamente R$ 312 mil e R$ 376 mil.
Capitão Alberto Neto disse à Justiça Eleitoral ter um apartamento avaliado em R$ 312 mil e Delegado Pablo informou ter R$ 150 mil em espécie; R$ 13,2 mil em espécie em moeda estrangeira; um veículo avaliado em R$ 180 mil e ações de renda fixa.
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Além dele, também vivenciaram uma valorização patrimonial os deputados Silas Câmara, que em 2018 declarou ter R$ 2,4 milhões divididos em R$ 300 mil de empréstimo, R$ 100 mil de um prédio comercial, R$ 116 mil de um veículo automotor e R$ 1,6 milhão em participações societárias. De lá, até 2022, o patrimônio do deputado “engordou” R$ 1,3 milhão.
O deputado Átila Lins também viu seu patrimônio “inflar” durante os quatro anos de mandato. Ele, que em 2018 declarou ter R$ 2,4 milhão em bens – entre eles dois apartamentos e uma casa -, declarou R$ 755,9 mil a mais em 2022.
O ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, também viu o patrimônio ganhar um ”boom” após os quatro anos de mandato. Em 2018, o deputado declarou ter R$ 558,1 mil divididos em dois apartamentos, um terreno e um investimento. Em 2022, os bens do parlamentar aumentaram para R$1,1 milhão, distribuídos em dois apartamentos, uma casa, um terreno e três contas de fundos de investimento.
Menos bens ao longo do mandato
Os únicos que informaram à Justiça Eleitoral ter regredido patrimonialmente durante os quatro anos de mandato foram os deputados Sidney Leite (PSD) e Bosco Saraiva (Solidariedade).
Em 2018, Sidney Leite disse ter R$ 653,5 mil em bens. Em 2022, ele disse ter R$ 278,5 mil, uma diminuição patrimonial de R$ 375 mil. Já Bosco Saraiva informou ter, em 2018, R$ 605,1 mil em bens. Em 2022, o deputado disse ter R$ 371,6 mil em patrimônio, uma diminuição de R$ 233,4 mil.
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