Manaus (AM) – Após os nomes de Ricardo Nicolau (Solidariedade), Roberto Cidade (UB), Carlos Almeida (PT), David Almeida (Avante) serem cotados para chapa com apoio do Partido dos Trabalhadores à Prefeitura de Manaus, o ex-deputado federal Francisco Praciano (PT) disse que seria uma ousada alternativa à intenção da direção governista do PT no Amazonas de, mais uma vez, apontar para alianças com adversários do partido.
“Uma verdadeira agressão à esquerda e à história do PT. Que crescimento político representa essas figuras? O que esses indivíduos colaborariam com a governabilidade do Lula?”, questionou Praciano.
Praciano também questionou quais dos chamados bolsonaristas e potenciais apoiariam a continuação de um governo de esquerda em 2026. “O que está em jogo? Quais são as forças ocultas?”
A fala de Praciano ocorre após surgirem notícias de que o ex-deputado José Ricardo (PT) se filiaria com Praciano no PDT para formar uma chapa para prefeito e vice-prefeito de Manaus.
Ocorre que o Partido dos Trabalhadores faz parte da Federação Brasil da Esperança, formada por mais dois partidos: PCdoB e PV.
Conforme Praciano, o PT se nega a compor a chapa ‘puro-sangue’, mesmo com Praciano defendendo que, “independente de ganhar ou não, o partido deveria fazer uma campanha de educação política, informação e divulgação dos governos de Lula e legado do PT e da esquerda”.
Saída negada
A troca de partido foi categoricamente negada por Zé Ricardo, que, atualmente, é coordenador-geral do escritório estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Amazonas (MDA-AM).
“Ele [Praciano] comentou que o pessoal tinha contatado com ele e tinha essa questão da gente ir para lá, mas da minha parte não passou além disso. Nunca teve nenhum encaminhamento da minha parte neste sentido”, disse o ex-deputado.
Praciano disse que, assim como Zé Ricardo, também decidiu continuar no PT. “Só sairia do PT numa proposta ousada e pela esquerda”, disse.
O petista negou que esteja, ainda hoje, articulando essa proposta de debandada do PT. Apesar de negar a saída, Praciano diz que não seria traumático para ele a filiação a outra sigla desde que fosse para um partido socialista como Psol, PCdoB ou o PDT.
Praciano diz acreditar que “eleitorado consciente preferiria uma chapa Zé/Praça do que chapas encabeçadas por Roberto Cidade, Ricardo Nicolau e essas coisas”.
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