Parlamentar tem atacado constantemente a atuação de Barroso contra a proposta. Foto: Agência Senado
MANAUS, AM – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) tem atacado duramente o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Nesta quinta-feira (1°), o parlamentar voltou a criticar a atuação de Barroso em defesa do voto impresso.
Segundo Plínio, o presidente da corte tem liderado uma “militância incansável” contra a aprovação da proposta. “Ele disse que vai respeitar a decisão do Congresso Nacional, mas se reúne nos bastidores com líderes partidários na tentativa de derrubar a PEC”, disse o senador, em seu perfil no Twitter.
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Plínio fez referência à informação de que o TSE vai iniciar a compra de cerca de 176 mil urnas eletrônicas para as eleições de 2022. Estas, entretanto, não viriam acompanhadas de impressoras. Conforme o edital do tribunal, o valor total deve sair em torno de R$ 980 milhões.
Histórico
Não é a primeira vez que o senador critica o ministro Barroso por se posicionar contra a medida. No dia 21 de junho, em vídeo divulgado na sua conta no Twitter, Plínio disse que lhe causa estranheza a “militância ferrenha” do presidente do TSE e de outros ministros do STF contra a autonomia do Congresso em legislar sobre a matéria.
“O Supremo também está invadindo, agora, o Poder Executivo. Não quer apenas legislar, mas também quer governar, e o Supremo não foi eleito para governar ou legislar, e sim julgar. Existem ministros que acham que estão no Olimpo, que são semideuses. É preciso condenar o comportamento de certos ministros, que acham que podem tudo, e não é por aí”, completou.
A proposta
A proposta do voto impresso e auditável está tramitando na Câmara dos Deputados em forma de Projeto de Emenda à Constituição. Na última terça-feira (28), o relator do projeto na comissão especial da proposta, deputado Filipe Barros (PSL-PR), deu parecer favorável ao texto.
O projeto do voto impresso e auditável foi aceito pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa em dezembro de 2019, por autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Kicis também é a presidente da comissão, e uma das apoiadoras de primeira linha de Bolsonaro.
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