Manaus, 6 de maio de 2024
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Cenário

População espera que Câmara Municipal de Manaus instale CPI do Fundeb

A CPI do Fundeb, na Câmara Municipal de Manaus, servirá para investigar o recurso federal que não foi repassado aos servidores da educação pela Prefeitura de Manaus.

População espera que Câmara Municipal de Manaus instale CPI do Fundeb

(Foto: Celso Maia/Montagem Portal AM1)

Manaus (AM) – Para alguns, é como se o ano letivo de 2023 ainda não tivesse acabado na rede municipal de ensino. É o caso dos profissionais da educação, que ainda esperam o pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Para a categoria, a Prefeitura de Manaus não fez o repasse do fundo, resultando em reivindicações. Com isso, teve início uma movimentação, neste mês, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), para que seja aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Fundeb.

Se aprovada, a CPI terá como objetivo investigar o que foi feito com o repasse, valor em torno de R$ 1,3 bilhão. O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirma que o recurso federal foi usado em progressões de carreira e correções salariais.

Alguns vereadores da cidade não se posicionam sobre o assunto. O autor do pedido da CPI, vereador Rodrigo Guedes (Podemos), está mobilizando seus pares para adquirir as 13 assinaturas, quantidade necessárias para a abertura da comissão.

Até o momento, somente o vereador Capitão Carpê (Republicanos) assinou o documento. O vereador Sassá da Construção Civil, que é do PT – um dos partidos ligados a movimentos sociais a favor dos trabalhadores – disse que assinaria o documento.

Ao mesmo tempo, ele afirma que sua assinatura depende do teor do documento, ou seja, explicou que precisa ler antes o conteúdo, para depois assinar. Assim, compreende-se que o parlamentar ainda não está 100% convicto de sua decisão em apoiar ou não a abertura de uma CPI do Fundeb.

Opinião

A equipe do Portal AM1 foi às ruas da capital amazonense a fim que de saber o que a população pensa sobre a abertura de uma comissão que visa investigar os reais motivos pelos quais o repasse da verba federal não foi feito aos profissionais.

Para Gabriel Chávez, analista de licitação, é importante que os professores tenham certeza do destino do dinheiro. Ele se posicionou favorável à criação da CPI.

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(Foto: Celso Maia/AM1)

“Sou a favor [..]  acredito eu, como cidadão, que não somente para os professores têm que ter a certeza do que foi feito com esse fundo, mas também nós precisamos saber o que foi feito com esse dinheiro”, disse o analista.

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(Foto: Celso Maia/AM1)

O designer, André Bacovis, quando questionado sobre a abertura da CPI, disse à equipe que é a favor da ética e que é preciso uma investigação.

“Eu sou a favor da ética e da moral. Eu acredito que todo recurso destinado tem que chegar ao seu fim, e se esse recurso não chegou a quem de direito é necessário que se faça uma CPI para investigar onde está esse dinheiro”, afirmou.

Samuel Ferreira, publicitário, também concordou com a abertura da CPI, para que seja esclarecido à população onde essa verba foi parar. “Com certeza. Precisamos saber onde está esse dinheiro, que é uma verba federal”, relatou Samuel.

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(Foto: Celso Maia/AM1)

A autônoma Gisele Matos também se posicionou a favor das investigações e formulou a pergunta que mais foi feita pelos entrevistados, ‘para onde esse dinheiro está indo?’

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(Foto: Celso Maia/AM1)

“Com certeza [sou a favor], eu acho que se não pagaram os professores, ‘pra’ [sic] onde está indo esse dinheiro? Tem que investigar!”, disse a autônoma.

André Batalha, administrador, afirmou que os professores merecem a gratificação, pois eles são a base de toda a criação e formação como pessoa.

“O professor em si é o criador de tudo, ele cria os alunos para o futuro. Ele que educa nossos filhos, sou a favor dessa CPI, porque nossos professores merecem um salário mais justo e merecem uma boa remuneração!”, disse Batalha.

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(Foto: Celso Maia/AM1)

O estudante universitário Eduardo Santos também indagou o destino real dessa verba e se colocou favorável quando questionado sobre a abertura da CPI. “Sim, já que é uma verba federal e esse dinheiro não chegou aos professores, precisamos saber onde foi parar”, informou.

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(Foto: Celso Maia/AM1)

O também estudante universitário Felipe Medeiros afirmou que, por se tratar de uma verba federal, ela deve ser repassada aos professores e endossou que a classe deve, sim, ser mais valorizada.

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(Foto: Celso Maia/AM1)

“Sim, o Fundeb é uma verba federal e tem que ser repassada aos professores, uma classe que tem ser mais valorizada [..] se você não valoriza a base, como vai solidificar como um todo? Não é só fazer festa ou pintar rua”, finalizou Felipe.

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