Manaus, 28 de abril de 2024
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Política

Por unanimidade STF arquiva denúncia contra Lira por corrupção passiva

Decisão foi tomada de forma unânime pelos cinco ministros do colegiado.

Por unanimidade STF arquiva denúncia contra Lira por corrupção passiva

Presidente da Câmara é acusado de receber propina para favorecer candidatura de dirigente do setor de transportes (Foto: Divulgação/ Agência Brasil)

Brasília (DF) – Os cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, por unanimidade, nesta terça-feira (6), votar pelo arquivamento de denúncia  contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por corrupção passiva.

De acordo com os magistrados, a acusação baseia-se exclusivamente em delações. O procedimento é vedado pelo pacote anticrime, sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019.

Nesse sentido, a decisão do STF acompanha o entendimento da Procuradoria-Geral da União (PGR). Em abril, o órgão decidiu pelo arquivamento.

Em 2020, os ministros Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso votaram pela rejeição do recurso apresentado por Lira. Após o arquivamento determinado pela PGR e o pedido de vista de Dias Toffoli, o julgamento foi retomado pela Corte.

Mendonça se prontificou a votar no lugar do ex-ministro Marco Aurélio, alegando que novos fatos surgiram após a saída do magistrado, que se aposentou em 2021.

A proposta foi acatada, também, por unanimidade, pelo colegiado. Mendonça, no entanto, apresentou voto diferente do ministro, defendendo a rejeição da denúncia.

Ele citou o arquivamento de inquéritos relacionados à denúncia, como a do “quadrilhão do PP”, e a falta de provas nas alegações dos delatores.

Lira era acusado de receber R$ 106,4 mil em propinas, por parte do então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) Francisco Colombo, em troca de apoio para sua permanência no cargo.

“Recebi com serenidade a decisão da 1 Turma do Supremo Tribunal Federal de arquivar uma investigação contra mim. Tenho a consciência tranquila de que nos 24 anos de atividade política jamais cometi qualquer tipo de transgressão. Fez-se Justiça!”, escreveu Lira no Twitter.

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