Manaus, 8 de maio de 2024
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Cenário

Prefeito de Rio Preto da Eva rebate busca em sua casa: ‘sem necessidade’

A PF deflagrou operação no município para combater desvios de recursos públicos e fraudes em licitações- Anderson Souza diz não conhecer a empresa.

Prefeito de Rio Preto da Eva rebate busca em sua casa: ‘sem necessidade’

Anderson Souza (Foto: Reprodução/ Facebook - Anderson Souza)

Rio Preto da Eva (AM) – Após a Prefeitura de Rio Preto da Eva ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), o prefeito da cidade, Anderson Souza (UB), contestou a busca e apreensão em sua residência. Ele alegou, ao Portal AM1, não conhecer a empresa envolvida, destacando a falta de necessidade da ação.

Na última quinta-feira (28), a PF deflagrou a operação Emergência 192 para combater desvios de recursos públicos e fraudes em licitações. Os contratos, firmados pela prefeitura em 2020, dizem respeito à aquisição de medicamentos hospitalares e uma ambulância.

Ao Portal AM1, o prefeito argumentou: “Não vi em nenhum momento a necessidade de fazerem busca e apreensão em minha casa, haja vista que não tenho conhecimento da empresa. A dispensa da licitação foi em função do decreto presidencial, estadual e municipal.”

Segundo Anderson, a prefeitura “está aberta à investigação” e não colocou obstáculos para que a PF tivesse acesso aos documentos solicitados de algumas secretarias do município.

Aquisição do Medicamento Tamiflur

Anderson defendeu vigorosamente a aquisição do medicamento Tamiflur pela prefeitura, destinado ao tratamento da Covid-19, refutando as acusações de sua falta de eficácia.

“O município precisava do medicamento Tamiflur, que custou 102 mil reais, para atender nove unidades básicas de saúde, seis postos de saúde e um hospital. Dizer que o medicamento não era eficaz contradiz o que os médicos, enfermeiros e sanitaristas recomendaram no município para fazer o kit Covid-19”, afirmou.

No entanto, é crucial ressaltar que em 2021, a própria Fiocruz declarou que o remédio não era eficaz contra o vírus da Covid-19, mas sim para outras doenças respiratórias. Apesar disso, foi amplamente distribuído por várias prefeituras brasileiras.

Investigação

A PF iniciou a investigação com base em uma denúncia sobre a eficácia dos medicamentos comprados sem licitação. Mais tarde, descobriu-se que a empresa contratada tem como atividade principal o comércio varejista de materiais de construção.

O chefe do Executivo municipal disse à reportagem que a empresa também tem “medicamentos, veículos e outras atividades”.

“É lamentável que no país, juízes, promotores e delegados peçam uma investigação e tomem decisões de expor as pessoas sem antes concluir o inquérito. Depois que se prova, ninguém é punido. Tenho certeza e confiança em Deus e na justiça, que tudo será esclarecido”, finalizou o prefeito.

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