Manaus, 18 de abril de 2024
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Política

‘Provem!’, declara Guedes sobre suspeita de corrupção no governo Bolsonaro

O ministro da Economia afirmou que não presenciou corrupção nos bastidores do governo federal

‘Provem!’, declara Guedes sobre suspeita de corrupção no governo Bolsonaro

Foto: Agência Brasil

BRASÍLIA, DF – O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta quarta-feira (7) que não presenciou atos de corrupção no governo e que quem acusa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de cometer atos ilícitos deve prová-los para removê-lo do cargo.

“Você não pode descredenciar a instituição da Presidência, batendo todo dia [dizendo] que tudo está errado e negando qualquer mérito. Tem dois anos sem nenhum escândalo de corrupção, e todo dia tem ‘a cunhada falou’, ‘o primo disse’, ‘não sei quem falou isso’. Pô, então achem, provem e removam se houver. Mas você não pode descredenciar a Presidência”, afirmou Guedes em comissão do Congresso.

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“Alguém que foi eleito presidente da República merece respeito”, disse. “E vice-versa. O presidente tem que respeitar a mídia, a mídia respeitar o presidente. Todo mundo respeitar o Congresso, o Congresso respeitar o presidente, o Supremo também respeitar”, continuou o ministro.

Guedes disse que, caso testemunhe algum ato de corrupção vai culpar o que chamou de “estatismo”. “Não estou participando nem vendo nenhuma troca de dinheiro por baixo da mesa ou da cueca. Se eu estiver vendo, vou acusar o mesmo culpado de sempre. O estatismo”, disse.

“Não foi alguém do Bradesco que tirou dinheiro de alguém da [petroquímica] Braskem. Vai ser algum órgão público de algum lugar que está fazendo alguma coisa que não devia, fez algum ato de corrupção. E algum pirata privado que veio aqui puxar algum dinheiro também, porque existe a figura também”, continuou.

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Guedes fez as declarações enquanto respondia a perguntas feitas durante audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Ele foi convocado inicialmente para discutir números da Previdência com problemas de estimativa apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União), mas logo no início da sessão parlamentares e ministro concordaram em explorar também outros assuntos.

Para Guedes, há atores políticos exagerando. Ele chegou a citar a hipótese de a situação gerar um Estado policialesco, com ampla quebra de sigilo de atores políticos.

“Eu estou vendo hoje senador querendo prender pessoa dando depoimento, quebrando sigilo. Queremos criar um Estado policial no Brasil, é isso? Todo mundo vai quebrar o sigilo de todo mundo? Traz a Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] aqui, quebra todo mundo? Pode ser, para mim não tem problema. Agora, queremos criar esse Estado de desrespeito, policialesco? Acho que não”, disse.

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“Acho que há atores exagerando, mas é o papel da democracia. Quando alguém transgride um pouco o território do respeito para a área do desrespeito, o próprio sistema repele. A democracia virtuosa diz ‘você está exagerando'”, afirmou.

Nos bastidores, interlocutores do ministro afirmam que a CPI da Covid tem excessos e que há hipocrisia nos trabalhos pois parte dos integrantes já figurou em escândalos de suspeitas de corrupção no passado. Guedes também já afirmou anteriormente que a CPI da Covid é “um perde-perde enorme” que antecipa o ciclo eleitoral, sugeriu que a apuração de eventuais culpas seja feita depois que “acabar a guerra” da pandemia e que seria melhor o país seguir em direção ao “ganha-ganha das vacinas e das reformas”.

(*) Com informações da Folhapress

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