MANAUS, AM – O ex-vereador de Manaus e pré-candidato ao Senado, Chico Preto, comparou o episódio ocorrido no Porão do Alemão, na ultima segunda-feira (1º), em que um frequentador vestiu uma fantasia com o nome do ex-goleiro do Flamengo, Bruno e portava um saco de lixo com o nome da modelo Eliza Samudio, com o caso de pessoas chutando um protótipo da cabeça do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido)
Para Chico Preto, a indignação popular sobre o caso não passa de revolta seletiva, em que muitos se pronunciaram sobre a memória de Eliza, mas não questionaram quando brincaram com a cabeça do presidente. Chico afirma que está se referindo à fantasia quando fez a comparação e não a pessoa de Eliza Samudio.
“A indignação pela memória da Eliza Samudio, me refiro à fantasia utilizada no Porão do Alemão, deve ser a mesma ao ver idiotas jogando bola com a cabeça do presidente Jair Bolsonaro. Revolta seletiva, não!”, escreveu ele nas redes sociais.
Sobre a fantasia fazer apologia ao feminicídio, o estabelecimento, que pertence a família do vereador William Alemão, limitou-se a culpar o estagiário que estava trabalhando durante a festa, em ter divulgado a foto, que logo após repercussão negativa, foi apagada das plataformas digitais do Porão do Alemão.
No segundo post, Chico diz que é uma “lacração idiota” e divulga as imagens comparativas dos dois casos. “Lacração idiota que deve ser reprovada, e apurada criminalmente”, escreveu o político.
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Sobre o caso
Um rapaz, identificado como Rodrigo, foi à festa de Halloween fantasiado com uma camisa do clube Flamengo, com o nome do ex-goleiro Bruno, nas costas, e um saco de lixo preto com o nome da modelo morta em 2010, Eliza Samudio. A festa do Halloween foi promovida pela casa de show Porão do Alemão, na segunda-feira (1º).
Após ser identificado, Rodrigo também foi demitido da tatuaria em que trabalhava. O local chegou a comunicar sobre a saída de Rodrigo e que não compactuava com tal atitude. “O estúdio não compactua com qualquer forma de incitação à violência contra a mulher. Deixando bem claro que o colaborador foi demitido, não fazendo mais parte do quadro de funcionários”, diz a comunidade.
Após repercussão nas redes sociais, a mãe, dona Sônia Moura e o filho de Eliza se manifestaram sobre o assunto. Sônia disse que foi difícil ver a imagem circulando em todo o Brasil, principalmente pela data celebrada ontem (2), Dia dos Finados, para relembrar os mortos.
“Parece que a pessoa não tem um pingo de empatia com o próximo. Será que a pessoa não sabe que tem o filho dela, que é menor, envolvido nisso tudo? Fiquei arrasada quando vi isso. Muito triste. Em 2018, jovens de Minas Gerais tinham feito a mesma coisa”, disse a mãe de Eliza.
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