Manaus (AM) – Após os aliados do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), votarem errado e derrubarem o projeto de lei que dava ao mandatário mais poder para mexer no orçamento público sem consultar a Câmara nessa terça-feira (17), o vereador Rodrigo Guedes (Podemos) debochou dos colegas nas redes sociais.
Guedes usou sua página no Instagram para dizer que votou consciente pela derrubada do PL enquanto “boa parte da base aliada patetou”.
“Votaram errado induzidos pelos votos errados dos líderes do PREFEITO (que Votaram a favor da derrubada do PL) e derrubaram o projeto do próprio prefeito que aumentava a margem de remanejamento orçamentário, ou seja, dava mais poderes ao prefeito para mexer no orçamento sem consultar a Câmara, o que era simplesmente um absurdo total, ou seja, o prefeito queria mais margem para alterar o orçamento anual, que é uma lei sem consultar a Câmara”, disse o vereador.
Durante a votação extraordinária, nessa terça-feira, os vereadores estavam desatentos ao que foi lido pelo secretário sobre o PL e votaram pela rejeição. O presidente da Casa, Caio André (Podemos), demonstrou surpresa com o resultado e, ao anunciar o fim da sessão, os vereadores o questionaram sobre o que havia sido rejeitado.
Ao questionar o porquê de ser rejeitado, Fransuá Matos (PV) ouviu de Rodrigo Guedes que se eles quisessem ver o que estava sendo votado, poderiam assistir à live da CMM depois, pois no Plenário, não existe VAR.
“Votei “não” consciente, óbvio! Eles pediram nova votação, mas disse que não cabe o VAR em parlamento. Errou, errou. Já sugeri ponto eletrônico para combinarem os votos. Fica menos na cara do que ficar olhando um para o outro ou levantando a mão do outro”, escreveu o político.
Tentativa de nova votação
Luís Mitoso (PTB), um dos líderes do prefeito na Casa, alegou que houve uma “má compreensão generalizada” sobre a votação do projeto e que eles não deveriam ser prejudicados por serem induzidos ao “erro” naquele momento, inclusive, falou da falta de disponibilidade da pauta nos tablets da CMM, apelando pelo “bom senso” de Caio André.
“É uma matéria importante, que, inclusive, foi levada a regime de urgência e não podemos por questão de um erro [serem prejudicados], induzido, de repente, por alguém e não termos a possibilidade de tirar dúvida no painel. O painel é para isso, para tirar a dúvida. Que a gente vai ter prejuízo não é para o vereador, é para a cidade!”, argumentou o parlamentar.
Caio André rebateu novamente e afirmou que o painel não foi solicitado antes da votação e não havia o que se discutir, já que o projeto foi rejeitado.
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