Manaus, 19 de maio de 2024
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Cenário

Seduc resiste à reivindicação salarial, mas gasta R$ 118 milhões com serviços

Seduc resiste à reivindicação salarial, mas gasta R$ 118 milhões com serviços

Seduc resiste à reivindicação salarial, mas gasta R$ 118 milhões com serviços

(Foto: Divulgação/Seduc)

O secretário estadual de Educação (Seduc), Lourenço Braga, resiste, nos bastidores, a atender à reivindicação salarial dos representantes da categoria dos professores da rede estadual de ensino, mas não fez revisão dos contratos para o serviço de Auxiliar de Serviços Gerais (ASG) e Agente de Portaria (AGP) nas escolas, que totalizam uma despesa de R$ 118.924.433,64 ao ano, repassados a sete empresas. Os contratos incluem a compra de material de limpeza.

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Na quarta-feira, 1o., professores e gestores escolares informaram ao Amazonas1 que é comum funcionários contratados pelas empresas faltarem ao serviço e tem sido rotineira a compra de material de limpeza pelos próprios servidores, inclusive, com a ajuda dos pais dos alunos.

Ao assumir o cargo, Lourenco prometeu rever todos os contratos da Seduc e disse que faria a rescisão de serviços que não estavam sendo cumpridos, mas a medida, segundo técnicos da secretaria, não foi aplicada aos contratos de ASG e AGP.

Por outro lado, os funcionários da Educação que atuam diretamente nas escolas e no aprendizado dos alunos veem como incerto o aumento na remuneração de pelo menos 30% pelas perdas salariais da categoria dos últimos quatro anos, que se considerado o salário base de um professor de R$ 1.634,75 para 20 horas, daria um aumento de, aproximadamente, R$ 400. A recusa dos administradores da Seduc em autorizar esse aumento mínimo deverá gerar, com toda certeza, uma paralisação geral da categoria que não aceita mais ser desprestigiada. Quem também perde são os estudantes que serão ainda mais prejudicados por uma administração que não conhece a realidade das escolas.

A data-base dos professores, que são 26 mil no Estado, ocorre no mês que vem (abril) e eles esperam que Lourenço Braga e sua equipe revejam, de uma vez por todas, o que é realmente prioridade na gestão da Educação, no governo de Amazonino Mendes (PDT).